O Início: Sacrifício, primeiro princípio básico necessário ao trabalho do Grupo
Sabemos já que, em seu trabalho anual, Cristo nos dá o exemplo do Sacrifício: primeiro princípio básico necessário ao trabalho do Grupo.
Um segundo princípio: o Serviço, poderá ser observado em toda a Natureza, com seus milhares de seres visíveis ou invisíveis aos nossos olhos.
Todos aqueles que estão em harmonia com a Natureza trabalham com o propósito de manter a existência e a evolução da espécie.
Os elementos da Natureza servem-se mutuamente. A chuva fertiliza a terra, que, por sua vez, faz germinar a semente que serve de alimento.
Há, na Natureza, uma transformação e um renovar-se constante por meio do trabalho.
De fato, onde não há trabalho, há estagnação.
Além disso, temos que considerar o que ainda não aprendemos ver.
Pequenos seres como os Gnomos, Salamandras, Ondinas e Silfos, invisíveis à nossa vista comum, trabalham incansavelmente sobre os quatro elementos da Terra, procurando manter as condições apropriadas à vida de todos os seres.
Essas considerações podem mostrar-nos claramente que “o Serviço é o preço a pagar não somente para o progresso de todos, como também por mera imposição de existir”.
Nestes tempos que estamos vivendo, em que fatos inusitados e sumamente imprevistos ocorrem, um dos aspectos que devem chamar a nossa atenção é que nenhuma atividade humana pode se processar isoladamente. Como o aprender e, principalmente na Escola Rosacruz, é um fator importante de integração do ser humano na Sociedade, vejamos por exemplo como nasceu o trabalho em grupo:
“No dia seguinte João estava lá outra vez com dois de seus Discípulos e, olhando para Jesus que passava disse: Eis o Cordeiro de Deus!”.
“Os dois Discípulos, ouvindo dizer isto, seguiram a Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: “Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes? Ele respondeu: Vinde e vereis. Foram, pois, e viram onde assistia, e ficaram aquele dia com ele: era mais ou menos a hora décima’’.
“André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e que seguiram a Jesus”.
“Ele procurou primeiro seu irmão Simão, e lhe disse: Temos achado o Messias (que quer dizer Cristo)”.
“E o levou a Jesus. Jesus, olhando para ele, disse: Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cephas (que significa Pedro)”.
“No dia seguinte, resolveu Jesus ir à Galileia, e encontrou a Filipe. E disse-lhe: Segue-me. Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro. Filipe encontrou a Natanael e declarou-lhe: Temos achado aquele de quem escreveu Moisés na Lei, e de quem falaram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair coisa que boa seja? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê. Jesus, vendo Natanael se aproximar, disse dele: Eis um verdadeiro Israelita, em que não há dolo. Perguntou-lhe Natanael: De onde me conheces? Respondeu Jesus: Antes de Filipe chamar-te, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira. Replicou-lhe Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”.
“Disse-lhe Jesus: Por eu te dizer que te vi debaixo da figueira, crês? Maiores coisas do que estas verás. E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” – Joa 1:35-41.
Muitos anos depois, Max Heindel, o fundador da Fraternidade Rosacruz, disse em uma de suas cartas aos estudantes: “Devemos aprender a lição do trabalho para um propósito comum, sem lideranças. Cada qual, igualmente, induzido pelo espírito de amor que lhe vem do íntimo, deve empenhar-se pela elevação física, moral e espiritual da humanidade à altura de Cristo – o Senhor e Luz do Mundo”.
(Publicada na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 06/86)
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