No Jardim do Tapete Florido
No Jardim do Tapete Florido há uma árvore. Todos os dias meninos e meninas do Reino das Fadas se reúnem em volta dela para estudar, trabalhar e brincar, pois ela é, para eles, a Árvore do Exemplo. É a sua escola. É onde aprendem a diferença entre o certo e o errado, a melhorar seus modos e a prepararem-se para a época em que estarão prontos para a Árvore da Vida.
À Árvore da Vida também está no meio do Jardim do Tapete Florido. Mas ninguém a vê. Está escondida da vista das Fadas crianças, até um certo dia em que elas completem 7 anos do seu crescimento, quando então estarão aptas para a Grande Aventura de aprender o significado das coisas.
A Árvore da Vida é uma árvore etérea, que não pode ser vista à luz do dia, e não pode ser conhecida até que a criança atinja o sétimo ano de sua vida. Somente neste tempo certo, é que ela brilha para as Fadas e a luz é tão brilhante no início, que os meninos e meninas são tomados de surpresa. A luz brilhante e etérea apareceu de repente no Jardim do Tapete Florido em uma noite de junho.
Naquela noite maravilhosa de junho, duas dúzias de meninos e duas dúzias de meninas estavam reunidos sob sua Árvore do Exemplo, estudando suas lições, como fazem todas as boas crianças. Cada uma tinha aprendido a ter bons pensamentos e bons sentimentos extraídos das cores, dos companheiros e dos amigos da Natureza. Cada uma tinha aprendido a deixar de lado todos os maus pensamentos e todos os maus sentimentos que, de alguma forma, cresciam em seus corações e em suas Mentes. Às fadas aprenderam tão bem essa lição que, elas mesmas, se tornaram pequenas luzes brilhantes. E, porque cada menino e cada menina estava brilhando com bons sentimentos e bons pensamentos, certa noite em junho, a luz grande e brilhante da Árvore da Vida chegou direto em suas Mentes e seus Corações. Resplandeceu numa torrente de radiante esplendor.
– O-o-o-o, exclamou um coro de minúsculas vozes, e as Fadas meninas arremessaram-se para o céu carregando a fragrância das flores, enquanto se afastaram assustadas.
Os meninos eram mais destemidos, mas, lá no fundo, eles também estavam um pouco assustados. Eles fingiram que não. Não queriam que as meninas soubessem que estavam tão assustados quanto elas diante daquela luz repentina e brilhante. Então, permaneceram no Jardim, alguns atirando-se ao chão para tirar força da sua Mãe-Terra. Outros seguravam seus joelhos, fechavam suas mãos e apoiavam-se na Árvore do Exemplo para disfarçar seu espanto.
Por um momento, a própria luz das pequenas Fadas tornou-se opaca. O medo fez com que ela se escurecesse. Mas, bem depressa elas perceberam que a Luz radiante, vinha de cima, era amiga e gentil e todos os seus medos se dissiparam e sua luz começou a brilhar novamente.
As fadas meninas saíram das nuvens. Elas flutuavam acima da Árvore do Exemplo, expressando cada uma seu espanto e surpresa. Cinco delas, mais aventureiras do que as outras, deixaram de lado suas asas e desceram para o arco de luz na base da maravilhosa Árvore da Vida que não podiam ver.
Doze dos meninos, ainda mais ousados do que suas cinco irmãs, corajosamente mudaram seus sentimentos e avançaram para se apoderar de doze raios de luz. Com uma velocidade assustadora, eles foram impulsionados para cima, para os galhos etéreos que giravam rapidamente acima do chão. Os outros olhavam, aplaudiam e se perguntavam se ousariam segurar um raio da Resplandecente Árvore da Vida.
Lá em cima nos galhos, alguns dos meninos pareciam estar deliciados com sua nova experiência, enquanto outros sentiam-se assustados, outros riam e alguns apenas fechavam os seus olhos para pensar o que iriam fazer. Apenas um dos meninos foi capaz de flutuar no mesmo instante ao ritmo da extraordinária Árvore. Ele chamou seus irmãos para tentar ajudá-los.
— Veja, ele ria. É fácil. É como se você fosse um pássaro voando, um cardo flutuando no ar ou mesmo um dos nossos bons pensamentos soprando pelos ares.
Os outros meninos lançaram-se na experiência, confusos a princípio, até que, finalmente, todos eles movimentaram-se facilmente no ritmo da vida, como pássaros livres, como semente carregada pelo vento ou como o voo límpido de um bom pensamento.
Um por um, os doze meninos armaram-se de coragem, pesaram os raios de Luz e foram levantados rapidamente no círculo brilhante sobre o Jardim. Uma a uma, as fadas meninas retiraram suas asas e desceram para juntar-se às suas irmãs no arco de Luz que inundava o Tapete Florido, na base da Árvore.
As garotas cresciam parecendo borboletas e pétalas de flores e matizes do arco-íris do orvalho da manhã, à medida que dançavam e brincavam à Luz da Vida. Os meninos cresciam parecendo as mais ativas criaturas do ar, do mar e da terra. E, do sétimo ano de seu crescimento até que se passassem outros sete anos, todas as Fadas meninos e meninas estudaram o significado das coisas na maravilhosa Luz da Árvore da Vida.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. III – Compiladas por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
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