Os alquimistas eram estudantes profundos da ciência oculta superior. A crença popular de que o objeto de seus estudos e experiências era transmutar metais inferiores em ouro deveu-se ao fato de terem escolhido aquela forma simbólica de descobrir seu verdadeiro trabalho, que era a transmutação da natureza inferior em Espírito. Portanto, considerada à luz dessa verdade, a afirmação de que os Rosacruzes se dedicavam à descoberta da fórmula da Pedra Filosofal é correta. Esta fórmula é dada no treinamento ocultista e um Rosacruz não é diferente nesse aspecto do ocultista de qualquer outra escola. Todos se dedicam a construir a pedra cobiçada, cada um empregando, no entanto, os seus próprios métodos, porque não existem dois indivíduos iguais e por isso o trabalho verdadeiramente eficaz é sempre individual na sua esfera de ação. Em suma, a Pedra Filosofal é o símbolo da alma purificada, extraída de corpos que foram transmutados e espiritualizados.
O corpo humano é o único “laboratório”, pois é o próprio Ego o Alquimista espiritual – que, ao trabalhar em seu veículo físico, converte-se na Pedra Filosofal. O corpo, essa oficina do Espírito, contém todos os elementos essenciais a essa formulação. A elaboração dessa Pedra depende do direcionamento ascensional da força criadora. Em nosso passado evolutivo, fomos hermafroditas, criando fisicamente a partir de nós próprios.
A arte da Alquimia Espiritual pode ser aprendida, mais não ensinada. Deve ser uma experiência pessoal e mística.
Paracelso disse: “O próprio corpo físico é o maior de todos os mistérios, porque nele estão contidas, em estado condensado, solidificado e corpóreo, as verdadeiras essências com as quais é feita a substância do ser humano espiritual, este é o segredo da Pedra Filosofal”.
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