O propósito do matrimônio é a perpetuação da raça humana, e de acordo com a natureza física dos pais, mas o ambiente ao redor, será o filho. A maioria da humanidade considera o matrimônio como a sanção de uma licença desenfreada para gratificar seus desejos sexuais. Aos olhos das leis humanas, pode ser que assim seja, porém à luz da verdadeira Lei não é assim, pois nenhuma lei feita pelo ser humano pode reger esse assunto.
A ciência oculta afirma que a função sexual não deve se usar nunca para gratificar os sentidos, senão para a propagação somente. Portanto, o aspirante a vida superior deve se negar justificadamente ao coito com seu cônjuge, a menos que o objetivo dela seja o criar um filho ou uma filha, e com tudo isso, quando ambos gozem de perfeita saúde – física, moral e mental – pois em caso contrário, a união produziria um corpo débil ou degenerado. Só podemos dar conta do maravilhoso mistério do amor quando encaramos o matrimônio considerando-o desde o ponto de vista como uma união de almas melhor que como uma união de sexos. Esta pode servir para perpetuar a raça humana, naturalmente, porém o verdadeiro matrimonio é uma camaradagem de almas também, que consegue anular o sexo. Não obstante, aqueles realmente dispostos a pôr-se nesse plano mais elevado da intimidade espiritual, oferecem alegremente seus corpos como sacrifícios viventes no altar do “amor ao não nascido”, para cortejar a um espírito que espera e para formar um corpo imaculadamente concebido. Deste modo pode a humanidade ser salva do reinado da morte.
« Back to Glossary Index
Sobre o autor