Do hebreu “Pharush “; do grego “Pharisaíos “ e do latim “Pharisaeu” – hipócrita, fingido, refalsado, santarrão, aquele que não tem sendo a ostentação da virtude; homem mal encarado e desgrenhado cujo semblante denota maldade; sob um rigorismo aparente os fariseus escondiam os hábitos mais reprováveis. Os fariseus seguiam à risca o Torah. Chamavam a atenção pelo seu excessivo formalismo religioso, censurando acerbadamente aos que não observavam rigorosamente a lei. Acreditavam na sobrevivência dos espíritos, no renascimento dos justos e no livre arbítrio limitado pelo destino. Zelosos em fazer cumprir os princípios, na verdade assumiam uma postura meramente de fachada. Cristo desmascarou-os publicamente ao compará-los a sepulcros caiados: belos por fora, mas interiormente cheios de imundície. O zelo que demonstravam, no fundo, não passava de hipocrisia.
Nome hebraico designativo de cada um dos membros que se separaram um século antes de Cristo, dá um partido político religioso existente alguns séculos antes dessa separação que exteriormente os tentavam religiosidade e santidade, para assim formarem uma nova seita e partido que se caracterizou pela oposição aos demais, fugindo-lhes ao contacto e pela observância aparente de exagerada religiosidade as prescrições legais. No ano 70 DC. Com a destruição de Jerusalém, os fariseus continuaram a pregar suas doutrinas nas sinagogas existentes, sendo que o resumo de suas tradições religiosas constituiu o Talmude.
O designativo, fariseu, usa-se no sentido figurado, dos beatos falsos, ou daqueles que de piedade e virtude só tem a máscara. O zelo exagerado pela observância exterior das leis e prescrições mosaicas conduziram os fariseus à um ritualismo estreito e encheu de orgulho estes homens contra os que não seguiam tão rigorosamente a letra e a tradição oral dos rabinos. Como relatam os evangelhos, foram os Fariseus os principais adversários de Cristo.
Após o regresso dos judeus do cativeiro na Babilônia, os primeiros fariseus agruparam-se, constituindo devotos em oposição aos judeus religiosos. Depois do século II a.C, exerceram atividades políticas no governo, mas rigorosamente esconderam hábitos pouco recomendados. Observavam práticas religiosas, mas esqueciam-se do espírito da lei, evitavam os gentios, os publicanos, bem como todos os que não seguiam minuciosamente suas teorias e ao contrário dos saduceus que se contentaram com obediência à lei, os fariseus continuaram considerando-se separados dos outros fiéis.
No tempo de Cristo os fariseus formavam dois grupos: Os Hiletistas, mais liberais e mais sabedores, e os Schamaitas; mais formalistas e os menos sabedores, cujo egocentrismo foi tenazmente combatido por Cristo, que tendo-lhes desmascarado o orgulho e a hipocrisia, comparou-os aos sepulcros; bonitos por fora mas por dentro cheios de podridão e negrura; os fariseus ligaram-se com os príncipes dos sacerdotes contra Ele para amotinarem a população, e o fizeram condenar ao suplício da cruz, no Monte Calvário.
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