Na Escola Cristã de Preparação Iniciática: somos ensinados a dirigir a força sexual criadora para cima, para o cérebro, e transmutá-la em poder anímico.
O voto de absoluta castidade relaciona-se unicamente com as Grandes Iniciações.
Mesmo nestas, um só ato de fecundação pode ser necessário alguma vez, como um sacrifício, como aconteceu quando se preparou o Corpo para Cristo.
Pode-se acrescentar, também, que é pior estar sofrendo o abrasador desejo e pensando constante e vividamente na gratificação dos sentidos do que viver a vida matrimonial com moderação. Cristo ensinou que os pensamentos impuros são maus e talvez piores do que os atos impuros, porque os pensamentos podem ser repetidos indefinidamente, enquanto os atos têm sempre algum limite.
O Aspirante à vida superior só pode triunfar na medida da subjugação da natureza inferior. Contudo, deve guardar-se muito bem para não ir de um extremo ao outro.
Insistamos no fato: deve-se ter bem presente que a castidade absoluta não é exigida enquanto o ser humano não tenha alcançado o ponto em que esteja apto para as Grandes Iniciações, e que a perpetuação da raça é um dever que temos para com o todo.
Se estivermos aptos: mental, moral, financeira e fisicamente, podemos executar o ato da geração, não para gratificar a sensualidade, mas como um santo sacrifício oferecido no altar da humanidade. Tampouco deve ser realizado austeramente, em repulsiva disposição mental, mas sim numa feliz entrega de si mesmo, pelo privilégio de oferecer a algum amigo que esteja desejando renascer, um Corpo e ambiente apropriados ao seu desenvolvimento. Desse modo estaremos também o ajudando a cultivar o florescimento das rosas em sua cruz.
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