A Bíblia foi dada ao mundo ocidental pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o necessitam para o seu desenvolvimento.
A Bíblia é composta de dois Testamentos: o Antigo e o Novo.
O Antigo Testamento descreve as vicissitudes da humanidade no Mundo Físico (a jornada pelo deserto), as consequências de sua desobediência aos seus guias divinos.
O Novo Testamento nos ensina como podemos nos livrar das nossas limitações e dos sofrimentos da nossa condição atual por meio da construção, com a ajuda do Cristo (o Salvador), de um veículo etérico que manterá a juventude eterna.
Há muito boas razões para que a Bíblia – que contém não uma, mas duas religiões, a Cristã e a Judaica – fosse dada ao Ocidente. Ela encerra muitos conhecimentos ocultos inestimáveis. Estes conhecimentos se acham, em grande extensão ocultos, devido às interpolações, e obscurecidos pela supressão arbitrária de certas partes julgadas “apócrifas”. O ocultista cientista que sabe o que se quis expressar pode ver facilmente quais as partes originais e quais as que foram interpoladas. Há que compreender, falando dos mistérios cristãos, que os quatro evangelhos não são somente relatos da vida de um só indivíduo, escritos por quatro pessoas diferentes, senão que são símbolos de distintas Iniciações. Cada um atravessará, algum dia, os quatro períodos descritos nos quatro evangelhos, porque cada um está desenvolvendo o espírito de Cristo em seu interior. E a dizer isto dos quatro Evangelhos, podemos aplicá-lo, também, a uma grande parte do Antigo Testamento, porque é um livro maravilhoso de ocultismo. Quando recolhemos batatas, não esperamos encontrar somente batatas e nenhuma terra; tampouco devemos esperar e aprofundar no livro chamado a Bíblia, que cada palavra seja uma verdade oculta, porque como deve haver terra entre as batatas, assim também deve haver coisa desprezível entre as verdades ocultas da Bíblia. Os quatro evangelhos foram escritos de tal maneira que somente aqueles que tem o direito de saber podem descobrir o verdadeiro significado e compreender os fatos subjacentes. Assim, igualmente, no Antigo Testamento encontramos grandes verdades ocultas que se transformam em lúcidas o dia em que podemos olhar detrás do véu. Deve-se também notar que os originalmente escreveram a Bíblia não pretenderam dar a verdade de maneira a poder tê-la quem quisesse. Nada estava mais distante de sua Mente do que a ideia de escrever “um livro aberto de Deus”. Os grandes ocultistas que escreveram o Zohar são muito categóricos neste ponto. Seus segredos não podiam ser compreendidos por todos. Cada palavra do Thorah tem um elevado significado e um mistério sublime. Os segredos do Thorah não podem ser compreendidos por todos, como provará a citação seguinte: “Ai do ser humano que vê no Thorah (a lei) só um simples recitativo de palavras comuns! Porque, em verdade, se fosse só isso, poderíamos escrever, ainda hoje, um Thorah muito mais digno de admiração. Mas não é assim. Cada palavra do Thorah tem um elevado significado e um mistério sublime…. Os versos do Thorah são como as vestes do Thorah. Ai daquele que toma essas vestes do Thorah pelo próprio Thorah! Os simples só notam os ornamentos e os versos do Thorah. Nada mais percebem. Não veem o que está encerrado nessas vestiduras. O ser humano mais esclarecido não presta atenção alguma às vestes, mas sim ao corpo que encerram”. Muitas passagens estão veladas; outros devem entender-se ao pé da letra; e ninguém que não possua a chave oculta pode decifrar as profundas verdades veladas no que, frequentemente, aparenta estar em feíssimas vestiduras.
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