Fraternidade: ajudar o seu irmão, e quem falta dita qualidade
Entre os ensinamentos de Cristo Jesus está em posição de relevo o que diz respeito à Fraternidade. Como é belo vermos, por exemplo, o Sol nascer para todos, indistintamente. Iluminar permanentemente sem fazer distinção alguma. Semelhantemente atuam os seres que trabalham na Vinha de Cristo. São bons e irradiam, constantemente, em todos as direções, simpatia o amor. Fazem-no de maneira espontânea e simples, jamais pensam em estardalhaço, igualmente não se preocupam com glória, e, menos ainda, com palavreado empolado.
Suas palavras tem o colorido da sinceridade, estão revestidas da pureza de sentimentos e da naturalidade. Onde caem, é indiscutível a sua fecundação, pois têm algo do Verbo.
Assistimos, há alguns dias, a uma palestra de um irmão realizada na Fraternidade Rosacruz, que muito nos alegrou, pois sentimos, nitidamente, todos as características que aludimos acima. Igualmente, temos assistido com imenso prazer excelentes preleções de outros companheiros.
E, como cada Ego é um pequeno Sol que se destacou do sol Central, vai, à medida que com este se afina, crescendo automaticamente seu brilho, e, em maior proporção passa a fazer o bem aos demais, imbuído de desprendimento mais elevado. Nesta altura dos acontecimentos poderíamos dizer que a nobreza de sentimentos, aliada à Pureza da Mente, consubstanciados na ação, fizeram com que se confundisse Fraternidade e Amor.
Viver fraternalmente é ser bom, saber perdoar as faltas alheias, ser rigoroso quando for o caso, mas também saber ser brando quando necessário, pois tudo na vida é faca de dois gumes.
Quem tem uma qualidade boa, quiser viver fraternalmente, e, portanto, dentro do amor, não pode deixar de ajudar o seu irmão, e quem falta dita qualidade. Assim, o forte ajuda o fraco, e, juntos, todos seremos fortes, ou pelo menos possibilitará a extração de uma média. Procedendo assim estará dando prova segura, por meio de seu viver, de estar integrado nos Ensinamentos de Cristo e seus Apóstolos.
(Hélio de Paula Coimbra; publicado pela Revista Serviço Rosacruz de maio de 1966)
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