CUFFEE E O PORQUINHO NANICO – Palavra-chave: Generosidade

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

CUFFEE E O PORQUINHO NANICO – Palavra-chave: Generosidade

Cuffee e o Porquinho Nanico

Palavra-chave: Generosidade

Vocês sabem o que é um nanico? Não? Então vou lhes contar. Um nanico é um animal que não cresceu o quanto deveria. Existe, geralmente, em todas as famílias de porquinhos um nanico – um coitado de porquinho que é menor e mais fraco que seus irmãos e irmãs. Quantos de vocês já viram um porquinho desses? São animaizinhos tão esquisitos e gritam tanto! Um nanico não é acariciado e mimado por sua mãe e por isso não tem chance de tornar-se grande e ficar forte. Realmente, ele é sempre empurrado de um lado para outro, como se ninguém o amasse.

Na hora das refeições, quando a grande mamãe porca chama os filhotes para jantar, vocês deveriam ouvir o barulho que eles fazem. Talvez vocês até tapassem os ouvidos para não ouvir, pois quando a mãe guincha cada um corre e grita mais que o outro. “Wee-ee-eh, wee-ee·eh”. Grunhindo e gritando, procuram conseguir o melhor lugar para comer mais que os outros. Realmente, o barulho é bem desagradável. E o coitado do porquinho nanico é empurrado de um lado, derrubado de outro e é até de se admirar que consiga comer alguma coisa. Como vocês veem a mamãe porca nunca se incomoda em ensinar aos filhotes as boas maneiras a mesa, nunca tendo aprendido também. Ela simplesmente deixa que comam como quiserem. Assim, se os porquinhos são gulosos e egoístas, não devemos nos admirar, pois nunca foram ensinados a se comportarem de maneira melhor.

Não seria chocante se nos deixassem crescer desse jeito e se nossas mães e professores nunca nos ensinassem a respeitar os outros? Ora avançaríamos e empurraríamos uns aos outros rudemente. Iríamos querer o melhor de tudo para nós mesmos, ser sempre os primeiros, e não teríamos boas maneiras à mesa. Na verdade, seriamos tão gulosos e egoístas como os porquinhos, não é mesmo? Mas sabemos também que essa não é a melhor maneira de sermos felizes, não é? Assim, devemos nos lembrar do que o belo Anjo Planetário, Saturno, nos diz. Quem se lembra o que Saturno diz? Ele nos diz:

– Parem e Pensem.

Se pararmos e pensarmos poderemos fazer muitas coisas bonitas e úteis.

Bem, voltando ao porquinho nanico, ele vivia na fazenda do pai de Bento e dava pena ver o coitadinho. Ele era pele e osso! Mas ele era muito forte em uma coisa – sua voz. Podia gritar mais alto do que todos os irmãos e irmãs. E que gritos desagradáveis também.

Talvez vocês se lembrem de como, em nossa última história, Mickey, o gato, ficou perturbado ao ser perseguido por Cuffee. Mas, Mickey não foi o único animal a ser perturbado por Cuffee. Todos os cavalos, vacas, porcos e galinhas eram de alguma forma, molestados pelo cãozinho, que tinha a mania de correr no meio deles. Era realmente muito ativo e brincalhão, achando que era seu dever manter ativos todos os outros animais. Quando os cavalos estavam trabalhando, disparava atrás deles, latindo e mordendo suas patas traseiras. Gostava de fazer uma agitação total entre as vacas, costumava segurar o rabo delas fazendo-as disparar pelo pasto afora. Quanto aos porcos, gritavam e grunhiam quando Cuffee lhes mordia as orelhas, enquanto que as galinhas estrilavam e batiam as asas, cacarejando feito louco quando o viam chegar.

Bento começou a ensinar muitas coisas a Cuffee e, entre elas, como manter as galinhas fora do jardim. Cuffee logo aprendeu que não devia machucá-las, mas ficava feliz em lhes pregar um bom susto. Mas, elas logo se esqueciam do susto e voltavam, pois no jardim havia muitas coisas saborosas que elas gostavam de comer.

Os porquinhos logo descobriram um jeito de entrar no jardim também. Cuffee se divertia fazendo-os sair, enquanto a mamãe porca se lançava furiosa contra ele do outro lado da cerca. Imaginem a surpresa de Bento quando, um dia, encontrou o porquinho nanico comendo o jantar de Cuffee enquanto este permanecia satisfeito, a seu lado.

– Venha ver o que Cuffee esta fazendo, ele disse para Helena.

Helena achou aquilo tão estranho, que correu para chamar a mãe a fim de que ela visse também. Todos sabiam o quanto Cuffee gostava de sua comida e estranharam o fato dele deixar o porquinho nanico comê-la. Quando Mickey olhava somente para um de seus ossos, ele rosnava furioso, mostrando-lhe os dentes. E aqui estava ele, todo feliz, dando todo o seu jantar ao porquinho nanico.

Isso mostra o que o amor pode fazer até mesmo para um cachorrinho. Cuffee aprendera a amar o porquinho nanico e por isso se tornou generoso. Todos os dias, a partir de então, o porquinho nanico atravessava a cerca para comer um pouquinho do jantar de Cuffee e, deste modo, logo começou a crescer. Em poucos meses estava grande e forte que suas costelas estavam cobertas por uma bela camada de gordura. Bento estava muito contente com Cuffee e quando vinham visitas, ele as levava sempre para ver Cuffee e seu amigo, o porquinho nanico.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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