Pergunta: Consideram autênticas as profecias de “Mother Shipton”?
Resposta: Meio século antes que a América fosse descoberta, “Mother Shipton”, a vidente de Yorkshire, profetizou a descoberta de uma terra desconhecida na qual o ouro abundaria. Ela viu os automóveis e as ferrovias de hoje com os muitos acidentes que causariam; o telefone, o telégrafo, escafandristas, submarinos, aeronaves, e os grandes navios de ferro que substituiriam as embarcações de madeira. Ela previu as grandes convulsões políticas no mundo, principalmente na França, sua aliança com a Inglaterra e uma mescla das raças Anglo-saxônicas que poderá ainda acontecer apesar de seu conflito atual (1914-1918). Ela viu a emancipação dos judeus e sua elevação a cargos de proeminência, e uma expansão, sem precedentes, do conhecimento mesmo entre os pertencentes às mais humildes classes sociais, finalizando com a predição sobre certas elevações da superfície da Terra, por meio das quais regiões antigas submergiriam e uma nova terra surgiria. Previu o fim do mundo para 1991.
As últimas profecias farão, provavelmente, com que a maioria dentre nós sacuda a cabeça de maneira cética, mas, se analisarmos um pouco a questão, a ideia não nos parecerá tão absurda. Sabemos que já ocorreram elevações da crosta terrestre no passado, e os terremotos e erupções vulcânicas mostram-nos que as atividades subterrâneas não estão, em absoluto, extintas. O autor viu, durante muitos anos, grandes cavernas subterrâneas cheias de óleo e gás que correm numa mesma direção, desde o Maine, atravessando todo o continente americano em direção ao sudoeste abaixo da Califórnia do Sul e prolongando-se até o Oceano Pacífico ao sul.
Sua explosão provocaria uma enorme fenda na Terra. Ao mesmo tempo, viu um arquétipo em fase de construção, que mostra a forma que terá a Terra nessa região quando um cataclismo ou uma série de cataclismos tiver destruído a atual configuração desse continente e do oceano adjacente. Talvez seja arriscado determinar quando começará essa remodelação da Terra, mas o arquétipo ou matriz moldada em matéria mental e representando o pensamento criador do Grande Arquiteto e de Seus construtores está tão próximo de conclusão que, ao julgar pelo progresso realizado durante os anos em que o autor observou a sua construção, parece seguro dizer que até a metade do século atual (1950), senão antes, as elevações ter-se-ão iniciado. Não seria de todo inconcebível se houvesse em 1991 um abalo de tal magnitude que justificasse a profecia da vidente, apontando esse ano como o do fim do mundo. Não obstante, o autor pode estar precipitando-se ao julgar que esses abalos sísmicos terão início na metade do século. Pode ser que demorem a acontecer, e que isso só ocorra no fim do século. Só o tempo dirá, mas é certo que os preparativos para uma grande mudança estão sendo feitos há séculos e estão agora quase completos no mundo invisível. Consequentemente, podemos esperar que a profecia de “Mother Shipton” se realize logo, como se realizaram as outras mencionadas no início deste artigo.
Transcrevemos a profecia para que os nossos leitores possam julgar por si próprios:
Carruagens sem cavalos andarão,
E, por desastres, muita dor no mundo causarão;
“Primrose Hill ” em Londres estará,
E no seu centro, a sede de um Bispado haverá;
Os nossos pensamentos num segundo,
Num piscar de olhos irão dar a volta ao mundo;
Grande muralha a água realizará
Embora estranho, a verdade surgirá,
Nas raízes das árvores será o ouro encontrado;
O homem percorrerá colinas
Sem cavalos ou burros ao seu lado;
Sob as águas os homens vão andar a percorrer, dormir, falar,
Em branco, em preto e em verde
Serão vislumbrados no ar.
Um grande homem virá e irá embora!
O ferro flutuará na água
Tão facilmente como um barco de madeira o faz agora;
O ouro, a riqueza será encontrada
Numa terra até agora ignorada.
O fogo e a água farão maravilhas igualmente.
A Inglaterra acolherá o Judeu finalmente,
O Judeu tão menosprezado
Nascerá de um Cristão determinado.
Uma casa de vidro deverá na Inglaterra passar.
No entanto, que pena!
A guerra estará novamente em cena.
Na terra do Turco e do Pagão,
Procurando destruir-se entre si,
Estado contra Estado ferozmente lutarão.
Mas, quando pelo Norte, o Sul se dividir,
Uma águia o seu ninho na boca do Leão vai construir.
Sangue, guerras e taxas tão pesadas
Pesarão em todas as moradas.
Por três vezes a querida França
Irá voltear numa sangrenta dança,
Antes que seu povo vá se libertar.
Verá três tiranos dirigentes,
Procedendo de dinastias diferentes,
Os três sucessivamente a governar.
Então, lutas cruéis serão travadas
Inglaterra e França, unidas, bem ligadas;
A oliveira da Inglaterra em seguida,
Em casamento com a vinha da Alemanha será cingida.
Os homens sob e sobre os rios irão andar.
Todos os filhos da Inglaterra o solo vão lavrar,
Serão vistos com livros na mão, estudando,
A cultura assim circulando
E a sabedoria também nos pobres brotando.
As águas escoarão por onde os trigais crescem,
E o trigo crescerá por onde as águas descem.
Nos vales abaixo, casas vão surgir,
Mas por granizo e neve irão se cobrir.
O mundo chegará ao fim, sem engano algum,
Em mil novecentos e noventa e um.
(Perg. 155 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
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