Compreensão Interior: não se feche à verdadeira natureza das coisas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Compreensão Interior: não se feche à verdadeira natureza das coisas

Compreensão Interior: não se feche à verdadeira natureza das coisas

As coisas externas “falam-nos”, por assim dizer, somente quando sua “fala” possa ser compreendida por nossas naturezas internas. Se o ser humano quiser obter conhecimento não pode conservar-se passivo no seu meio-ambiente. Ele deve, ativamente, produzir reações naquele meio-ambiente, proveniente de dentro de si próprio. Portanto, não existe tal coisa como revelação externa, mas, somente, um despertar interior.

Cada pessoa tem o que pode ser chamado de sua própria verdade, porque cada pessoa é um indivíduo, um ser separado. Do ponto de vista particular com o qual, do seu lugar na escada da evolução, ele está sintonizado, e de acordo com o contexto no qual os seus poderes de percepção operam, ele estabelece um relacionamento com aquilo que parece ser externo a ele e assim, adquire a sua própria “verdade”, para si próprio. A exatidão desta “verdade” depende do grau de seu autoconhecimento. Como Goethe disse: “Se eu conheço a minha relação comigo mesmo e com o mundo exterior, eu a chamo verdade. E assim cada um pode ter sua própria verdade e, apesar de tudo ela é sempre uma e a mesma”.

Já foi dito que há dois tipos de conhecimento: um que compõe o nosso relacionamento com os objetos externos e o outro é aquele que é ele próprio, o objeto do qual obtemos conhecimento: as coisas como as vemos e as coisas como, na verdade, são. A primeira espécie é dominante na ciência material que tenta explicar as coisas e os acontecimentos do mundo exterior. A segunda espécie está em nós quando vivemos dentro do conhecimento que obtivemos. A segunda espécie de conhecimento, então, origina-se da primeira.

É, talvez, simplesmente natural que dois tipos de conhecimento devam existir desta maneira. A percepção sensorial do ser humano diz-lhe que é um indivíduo entre outros indivíduos e separado das outras coisas. Porém, quando ele aprende a compreender que é um Deus em formação, feito a imagem de nosso Deus solar – quando, em outras palavras, ele se abre ao conhecimento superior, compreendendo a sua natureza divina – o conhecimento que ele tem das coisas começa a transformar-se numa compreensão da verdadeira existência e significado das coisas. Esta transformação, todavia, só pode ser realizada pelo esforço próprio. O ser humano só começa a ser verdadeiramente ele próprio, quando obtém este elevado conhecimento.

Muitas pessoas parecem vacilar para frente e para trás, entre os dois tipos de conhecimento – olhando e verdadeiramente sabendo. Quando alguém se recusa a olhar, fecha-se às coisas cuja natureza ele deve aprender a conhecer. Quando se recusa a trabalhar para a obtenção da sabedoria, ele fecha-se à verdadeira natureza das coisas.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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