Companheiros de Brincadeiras
Palavra-chave: Lealdade
Bento e seu cachorro Cuffee divertiam-se muito brincando juntos! Cuffee era um bom companheiro de brincadeiras, pois estava sempre pronto para divertir-se. Aprendia muito depressa. Interessava-se por tudo que Bento lhe ensinava e aprendia sem perceber como o fazia; levantava a cabeça e virava as orelhas para o lado, ouvindo com atenção o que Bento dizia. Vocês não acham que ele fazia tudo isso porque gostava de Bento?
Deixou de brincar de caçar o próprio rabo, porque havia outras coisas melhores para ele fazer, por exemplo, jogar bola com Bento. Ficou tão bom nisso, que não só corria para pegar a bola, mas apanhava-a no salto, errando apenas uma em cada seis vezes. Era um cachorrinho muito inteligente, não acham? Mas, como odiava ter que entregar a bola! Segurava-a com a boca, com tanta força, que era de se admirar como seus dentes não faziam buracos nela. Depois, olhava para Bento, com aqueles seus grandes olhos marrons, como dizendo: “Por favor, Bento, não quer me deixar ficar com ela? É minha agora, eu a peguei”. Mas, quando Bento lhe tirava a bola não perdia o bom humor, latia como se estivesse conformado e falasse: “Está bem Bento. Não me importo nem um pouquinho”. Não era uma atitude bem mais simpática do que ficar zangado ou emburrado?
Naturalmente Cuffee caiu em muitas enrascadas. Um dia, ganhou um belo osso e, depois de procurar um pouco, encontrou um bom lugar para enterrá-lo. Vocês já viram um cachorro enterrar um osso? Ele cava um buraco com as patas e deixa cair o osso dentro. Em seguida, usa o nariz como pá e cobre todo o osso com a terra. Quando Papai foi ao jardim para ver como estavam crescendo seus feijões, encontrou várias plantinhas arrancadas, quebradas ou cobertas com terra. Mas, ele não ralhou com Cuffee, pois evidentemente ele não sabia o que estava fazendo.
Com o passar dos meses, Cuffee tornou-se maior e mais forte e, na verdade, tão bonito que todos o admiravam. Tornou-se cada vez menos travesso e até o gato Mickey ficou amigo dele, perdoando-lhe as maldades do passado.
Bento e seu pai fizeram um arreio para Cuffee aprender a puxar um carrinho. Cuffee não gostou muito da ideia, a princípio, porque se enroscava todo nos arreios quando se sentava e, quando corria, era muito desagradável ter algo rodando atrás e fazendo tanto barulho. Mas, logo se acostumou e Bento e Elena deram ótimos passeios com ele.
Quando a mãe viu como Cuffee estava forte e como tinha boa vontade em puxar o carrinho perguntou ao pai se Cuffee poderia ajudá-la a bater creme para fazer manteiga. Papai arranjou uma roda movida a passos, de modo que, à medida que Cuffee andava na correia ligada à roda, fazia girar a batedeira. Cuffee não se opôs a ser atrelado à batedeira, mas quando descobriu que não podia correr com ela, não gostou nem um pouco, pois o trabalho era muito cansativo e não tinha graça nenhuma. Mas, como havia aprendido a ser obediente, mesmo que não fosse agradável, fazia sua obrigação, batendo manteiga todas as semanas.
Não é de se admirar que Bento amasse Cuffee, não era? Todos amariam um cachorro assim. Devemos nos lembrar de que a generosidade e o amor ajudam tanto os cachorros como as pessoas a se tornarem nobres, leais e boas.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
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