Escorpião: Coragem
– Você sabe o que acontece com garotos que ficam viciados – a voz de Lili era urgente – Você esteve na clínica e os viu passando pelo processo de recuperação. Você quer que isso aconteça com a Mônica?
– Lili, você não tem o direito de contar para a mãe dela. O que Mônica está fazendo é coisa só dela. Ela tem tanto direito de viver sua vida como você, e o que ela quer fazer com ela é problema dela – disse Gerson zangado. Contar para a Sra. Paranhos significa interferir na vida de Mônica. Você gostaria de ter alguém bisbilhotando todos os seus passos? Além disso, você não sabe que você vai ter que se ver com a turma se contar? Você será rejeitada – ou pior.
– Sei disso muito bem – disse Lili. Mas eu não posso ficar de lado e ver Mônica se matar. Acredite, vou precisar de toda a minha coragem para contar para a mãe dela, sabendo que eu vou fazer com que Mônica e todos me odeiem. E também eu não sinto prazer algum em transmitir as belas notícias para a Sra. Paranhos. Mas, o que e que eu posso fazer?
– Você pode não meter o nariz onde não é chamada – retorquiu Gerson.
– Como é que você pode dizer isso? – Implorou Lili – Eu pensei que você era amigo dela.
– Eu sou amigo dela – disse Gerson – e é por isso que eu digo: não se meta e deixe-a em paz.
Lili suspirou.
– Nunca vou fazer você entender, Gerson. Ela também é minha amiga, e é justamente por isso que eu acho que devo fazer alguma coisa para salvá-la, mesmo que isto faça todos ficarem contra mim. Eu já falei com ela, mas não adiantou nada. Alguém tem que ajuda-la, e não conheço ninguém que tenha maior intimidade com ela e que possa ajudá-la tanto neste momento, como sua própria mãe. Por isso, eu vou falar com a Sra. Paranhos hoje de tarde. Como a rapaziada vai me tratar depois, não é tão importante para mim como o que possa acontecer com a Mônica.
Gerson saiu zangado e Lili dirigiu-se devagar, mas decidida, para a casa dos Paranhos. Sua conversa com a mãe de Mônica foi tão desagradável como ela havia previsto.
No começo, a Sra. Paranhos recusou-se a acreditar que sua filha estivesse tomando drogas – embora depois admitisse ter notado alguns sintomas em Mônica, mas, não querendo admitir o fato, ela realmente havia afastado a suspeita de sua mente. Contudo, concordou que Mônica deveria receber assistência e orientação profissional.
No dia seguinte, Mônica não estava na escola e a maioria dos estudantes ignoravam Lili acintosamente, exceto por ocasionais zombarias. Evidentemente, Gerson tinha espalhado a notícia. Por muitas semanas, Lili ficou isolada. Quando as pessoas a viam chegar, deliberadamente paravam de conversar e viravam-lhe as costas. Antigos amigos a evitavam, e o fato de que os professores e o diretor pareciam tratá-la com especial bondade, somente contribuía para tornar a sua posição entre os estudantes ainda mais incomoda.
Lili não tentou justificar o seu ato – na verdade, não lhe pediram para fazê-lo e o tratamentoque lhe dispensavam era muito pior do que teria sido defender-se verbalmente. Contudo, continuou convencida de que havia feito à coisa certa e, embora inegavelmente infeliz, tivesse certeza de que com o tempo seria justificada. Os relatórios sobre o progresso de Mônica, que recebia quase diariamente da Sra. Paranhos, conseguiam animá-la. Mônica estava em uma instituição particular, equipada especialmente para tratar de viciados em drogas, e tinha passado muito bem a pior fase da recuperação.
Depois de muitas semanas, inesperadamente, Mônica voltou à escola, com muito melhor aspecto do que tivera por muito tempo. No fim do dia, pediu para falar à classe.
– Pessoal, eu não sei como dizer isto, começou, masdepois de ter conversado com alguns de vocês, estou vendo o que a Lili tem passado todo este tempo. Confesso que quando fiquei sabendo que fora ela que havia contado àminha mãe, eu a odiei por se meter. Eu tinha medo de ir para aquele sanatório e tinha pavor da recuperação. Mas, bem no fundo, eu desejava me livrar da droga. Ninguém que esteja viciado quer realmente o ser. Eu precisava de ajuda, mas tinha medo de pedir a alguém, por isso me afundava cada vez mais. Ainda agora não tenho certeza de estar completamente curada, mas foi graças a Lili que eu tive outra oportunidade e apenas espero desta vez conseguir ficar no caminho certo. Contudo, se não fosse por Lili, eu agora estaria em bem piores condições e se não tivesse tido essa ajuda, não poderia me livrar da droga. Dizem que não épreciso muita quantidade dessa coisa, para que se fique terrivelmente viciado e agora eu acredito nisso. De qualquer modo, eu devo toda minha vida à Lili. Não creio que alguém tivesse feito o que ela fez, e gostaria que vocês voltassem a serem seus amigos. Eu também teria agido como vocês se ela tivesse interferido com algum outro, mas agora vejo que, às vezes, é preciso interferir. Foi preciso ter muita coragem para fazer o que ela fez, e eu nunca poderei lhe pagar.
Mônica sentou-se e houve um longo silêncio. Depois Gerson se levantou.
– Acho que todos devemos pedir desculpas a Lili e mais do que isso. Fala-se muito neste mundo em “coragem moral”, mas foi necessário alguém que realmente a tem, para nos mostrar o que ela é.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
Escorpião: Forças Secretas da Natureza
Lucas era fascinado por animais desde o dia em que, com apenas dois anos de idade, apanhou seu primeiro besouro e levou-o triunfalmente para casa. A mamãe, com uma careta, jogou fora o besouro, mas nessa época não tinha a menor ideia de que esse bichinho era apenas o primeiro de uma infinita procissão de insetos, taturanas, ratos, hamsters, sapos, cachorros e gatos, para não falar no pato, alguns esquilos órfãos, e outros diversos representantes da fauna, destinados a morar na sua casa por períodos curtos ou longos, enquanto seu filho crescia.
Contudo, a mãe tinha que admitir que Lucas cuidava dos seus bichinhos, compreendia e aceitava de bom grado a responsabilidade pelo seu bem estar. Nunca foram um peso para a família e apenas, raramente, causavam problemas. Lucas passava parte do seu tempo estudando os hábitos de seus animais e de outras vidas selvagens que encontrava, e possuía muitas notas sobre o comportamento animal; notas que, à medida que crescia, foram sendo cuidadosamente documentadas, em descrições concisas e inclusive científicas. Quando ainda estava no ginásio resolveu ser zoólogo e dirigiu seus estudos nesse sentido, tanto quanta possível. Logo se tornou uma “enciclopédia ambulante” sobre conhecimento de animais e podia citar fatos e números sobre este assunto tão bem quanto seus amigos podiam falar sobre futebol ou informações sobre carros de corrida.
Lucas sempre ficava intrigado e confuso pela maneira pela qual se podia esperar que membros da mesma espécie animal agissem do mesmo modo em determinadas circunstâncias. Por que as aves migravam seguindo rotas idênticas, nas mesmas épocas, ano após ano, e o que as guardava para não se perderem? Na realidade, em primeiro lugar, o que as levava a migrar? Oque motivava o salmão, em sua difícil jornada contra a correnteza, ir para o seu lugar de desova? Por que certas criaturas hibernavam e outras tinham conhecimentos para armazenar alimentos para o inverno? O que torna o puma feroz, o coelho tímido e a raposa astuta? Sabia, por seus estudos, que essas perguntas tinham sempre intrigado os naturalistas, mas em nenhum dos seus livros tinha encontrado respostas convincentes.
O dia em que Lucas aprendeu sobre Espíritos-Grupo foi um dos dias mais importantes de sua vida. Um amigo lhe deu um panfleto chamado “Entendendo os Animais” que explicava que cada espécie era governada por um Espirito-Grupo que dirigia as atividades de todos os membros. Espíritos-Grupo eram Arcanjos e, como tal, dotados de sabedoria superior. Eles sabiam o que era melhor para seus comandados – quase sempre muito melhor do que o ser humano sabe o que é melhor para ele. As reações do animal para qualquer situação,tanto de crise, simples necessidade e desejo, como envolvendo relacionamento com outros animais e pessoas, eram governadas, não pelo que os cientistas chamam de “instinto”, mas pelas ordens dos Espíritos-Grupo. Os seres humanos eram individualizados, portanto, imprevisíveis. Os animais ainda não eram individualizados, mas eram, em todos os aspectos, ligados e governados por seus Espíritos-Grupo, que não eram caprichosos. Portanto, animais eram previsíveis. Lucas soube em seguida que muitas das perguntas não respondidas pelos naturalistas sobre o comportamento animal seriam imediatamente respondidas se eles conhecessem e aceitassem a presença e atividades dos Espíritos-Grupo.
No princípio, Lucas falou muito pouco sobre sua descoberta. Compreendeu, imediatamente, a importância disso, mas também sentiu que as outras pessoas não estariam inclinadas a aceitar e acreditar na teoria dos Espíritos-Grupo. Para ele era a única explicação lógica. Sabia que alguns cientistas, mais avançados, haviam sugerido a existência de uma espécie de “força” oculta no universo que impelia os animais a fazer o que faziam, e esta “força”, com certeza, poderia ser facilmente traduzida por “Espíritos-Grupo”. Contudo, outros observadores se contentavam em atribuir o comportamento animal ao “instinto” – sem nunca explicarem inteiramente, pelo menos a contento para Lucas, o que era “instinto” e como funcionava. Sabia que muitos desses observadores iam achar a ideia de uma entidade invisível, como a do Espirito-Grupo, simplesmente ridícula, semelhante a um conto de fadas.
Grato por seu novo conhecimento, Lucas sabia que, embora não tivesse intenção de conservá-lo só para si, no momento não podia fazer muito para revolucionar o mundo cientifico. Contudo, no próximo ano, na universidade,tinha certeza que os professores iam ficar surpresos com algumas das teorias que iria expor, e, eventualmente, quando iniciasse sua carreira, ele estaria em melhor posição de transmitir essa informação para os colegas. Enquanto isso, tencionava aprender tudo que pudesse nesse sentido. Se existiam Espíritos-Grupo, sobre os quais relativamente poucas pessoas tinham ouvido falar, certamente era possível que outras entidades sobre as quais os cientistas ainda não tinham noção, também desempenhassem importantes papeis nos trabalhos da Natureza. Lucas sabia que quanto antes à existência de tais seres fosse reconhecida e aceita, mais depressa seria explicado muito do que ainda intrigava os cientistas.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
ALMÔNDEGAS DE ABOBRINHA
Ingredientes:
2 abobrinhas italianas grandes
Aveia em flocos finos
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola pequena
Alho picado
Cheiro verde a gosto
Sal a gosto
Modo de preparo:
RECEITA – BOLO SALGADO DE QUEIJO COALHO
Ingredientes:
2 ovos
50 g de manteiga sem sal
½ cebola
½ xícara (chá) de leite
½ xícara (chá) queijo parmesão fresco
1 colher (sopa) de fermento químico
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral
1 xícara (chá) de queijo coalho (+ou- 2 espetos)
1 tomate grande picado e sem sementes
Manjericão a gosto (ou manjerona, orégano ou a erva que gostar)
Modo de preparo:
O Amigável Rubens
Tantas coisas interessantes estavam acontecendo no jardim, e cada dia apareciam mais surpresas agradáveis.
Os lindos narcisos, como sinos dourados à luz do Sol, pareciam tinir suavemente quando Rosália e Ricardo passavam por eles. As borboletas alegres, como crianças do ar, voavam de flor em flor e as abelhas zumbiam jovialmente enquanto cortejavam as belas flores.
– Oh, era tão bom estar vivo! Reconheciam as crianças, à medida que passavam através do portão rústico que conduzia ao pomar. Que lindo panorama as saudava! A macieira era uma massa de flores perfumadas –lindas flores com pétalas brancas macias como a seda, salpicadas de cor-de–rosa e os corações polvilhados de pó dourado.
– Ricardo -sussurrou Rosália – estou certa de que se as árvores pudessem falar aquela adorável macieira diria: “Sou linda porque sou feliz”.
– Bem, eu suponho que elas falam a língua das árvores – respondeu Ricardo – mas nós não as entendemos.
–Oh, Ricardo, olhe – gritou Rosália – os pintarroxos voltaram à macieira. Lá está a esposa do Sr. Rubens; sendo assim o Sr. Rubens deve estar por perto.
Nesse momento, bem a seus pés, chilreava o Sr. Rubens como se estivesse querendo atrair a atenção deles. Quando eles disseram: “Lindo Rubens, lindo Rubens, estamos felizes que você voltou” ele cantou para eles e parecia que sua pequena garganta estava quase estourando de alegria.
A macieira balançou suas perfumadas flores, cheia de prazer por ouvir a doce canção do pintarroxo. Os seus galhos baixos, vigorosos, eram os melhores lugares para se formarem os ninhos e seus ramos cobertos de folhas abrigavam muitas famílias emplumadas.
As crianças olharam e lá, descansando no galho mais baixo da macieira, estava o ninho dos pintarroxos. Parecia uma tigela – a parte de fora coberta com barro, galhos e folhas, todos fixados juntos. Mas, do lado de dentro havia grama e musgo muito macios, de maneira que a esposa do Sr. Rubens ficava muito confortável.
O Sr. Rubens procurava uma minhoca bem gorda para a primeira refeição do dia da sua esposa.
O brilho dourado do Sol inundava a amigável macieira e a árvore estava feliz. Os brotos avermelhados abriam seus corações dourados para o brilho do Sol.
– La vai a esposa do Sr. Rubens – sussurrou Ricardo – Espere aqui, Rosália, enquanto eu verifico se há alguns ovos no ninho.
Um segundo depois, ele disse:
– Sim, há! Quatro preciosos ovinhos azuis-esverdeados!
A esposa do Sr. Rubens voltou voando para o ninho, ralhando e fazendo um grande reboliço. Rapidamente, contou os seus preciosos avos e chamou rispidamente o Sr. Rubens. Como poderia saber que Ricardo não faria mal a seus ovos? Ela tinha passado por experiências tão trágicas que não ousava arriscar-se.
– Anime-se, anime-se – disse o Sr. Rubens – Tudo está bem, ninguém nos fez mal. Eu tenho observado aquele garotinho e ele é amigo de todas as crianças da redondeza. Ele só queria ver nossos preciosos ovos.
Os gritos estridentes e rabugentos da esposa do Sr. Rubens fizeram descer um duende – Elf-kin – dos galhos mais altos da árvore, onde estava trabalhando sobre o grupo mais delicado de botões.
Ricardo estava aborrecido em ver a esposa do Sr. Rubens tão agitada e ficou mais do que feliz ao ver Elf-kin, que era amigo deles e acertaria as coisas com os pintarroxos.
– Bem, bem, vocês crianças criaram uma boa confusão na família dos pintarroxos. Por que tudo isso?
– Oh, Elf-kin, eu não quis cometer mal algum – disse Ricardo – eu só quis ver se havia ovos no ninho.
– Foi o que pensei – disse Elf-kin – Vou apresentá-los à família dos pintarroxos, então vocês se tornarão bons amigos.
Elf-kin falou com o Sr. Rubens e sua esposa e eles entenderam tudo o que ele disse. As crianças do campo e os Espíritos da Natureza se entendem uns com os outros. É muito suave o cordão de amor que os mantém unidos.
Quando a esposa do Sr. Rubens ficou completamente segura de que Ricardo só olhou o ninho por causa de seu amor por ela e na esperança que logo mais os bebês passarinhos pudessem estar saltitando pela relva aveludada, ela gorjeou o mais lindamente que pôde.
Rosália contou ao Sr. Rubens e sua esposa como ela e Ricardo estavam ansiosos esperando por eles, desejando que eles fizessem novamente seu ninho na amiga macieira. Rosália tinha uma natureza tão maternal e sempre dava as boas-vindas aos seus amigos cobertos de penas!
O Sr. Rubens começou a conversar com Elf-kin e confidenciou a ele o motivo pelo qual a sua esposa tinha ficado tão excitada; uma vez, um garoto perverso roubou seus preciosos ovos e ela não sabia o que um garoto sem consciência poderia fazer. Isso fez com que ela se tornasse sempre muito vigilante.
Então, Rosália, Ricardo, Elf-kin e o Sr. Rubens tiveram um ótimo dialogo juntos. O Sr. Rubens disse que ele e sua esposa amavam os meninos e as meninas e sempre cantavam suas mais belas canções para as crianças que os amassem.
– Gostamos de pensar que quando as crianças cantam, muito de nossa alegria vive em suas canções – chilreou o Sr. Rubens – Muitas vezes, quando sabemos que as crianças gostam de nos ter por perto, nós nos tornamos ousados e construímos nossos ninhos bem perto de suas casas. Gostamos de saltitar pelos lindos campos verdes e até mesmo nas soleiras das portas.
O Sr. Rubens, então, gorjeou um gorjeio diferente e Elf-kin o ouviu atentamente.
– Sim – respondeu Elf-kin – estou certo que as crianças gostariam de ouvir a lenda dos pintarroxos de tempos antigos.
– Ha muito, muito tempo atrás – contou o Sr. Rubens – quando o menino Jesus estava aqui na Terra, Ele alimentava os pintarroxos que saltitavam à soleira da porta da casa de sua mãe. Houve um deles que nunca esqueceu a amorosa bondade de Jesus. Os anos passaram e quando o querido Senhor estava na cruz, esse pintarroxo tentou ajudá-Lo e uma gota de sangue de Jesus salpicou-lhe as penas do peito. É por isso que todos os pintarroxos têm, agora, o peito vermelho. O querido Senhor abençoou o pintarroxo e chamou-o “Pássaro de Deus”. Então, a partir desse dia, nós, os pintarroxos, tentamos sempre cumprir nosso dever. Ajudamos as belas árvores eliminando os insetos e as minhocas que podem danificá-las. Nós nunca esperamos gratidão, mas ficamos felizes por contribuir com uma pequena parte, ajudando a Mãe Natureza.
A esposa do Sr. Rubens estava com fome e chilreou docemente para o Sr. Rubens, que se desculpou. Ele disse ao Elf-kin que seria um pássaro amigo e chamaria as crianças a cada manhã: “Acordem, Acordem”.
Rosália e Ricardo, agora muito felizes porque os pássaros eram seus amigos, disseram até logo para eles e voltaram para o velho jardim com suas muitas flores.
Sr. Rubens voou rapidamente até onde estava a sua esposa. Seus corações transbordavam de alegria e eles cantavam uma canção de louvor a Deus – pois Ele é o Deus deles, assim como é também o nosso Deus, como vocês sabem.
A macieira agitou suas belas flores e algumas de suas pétalas delicadas voaram longe, carregadas pela suave brisa.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. I – por Florence Barr – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
BOLINHOS DE GRÃO DE BICO
Ingredientes:
Modo de fazer:
Bata o grão de bico no liquidificador ou processador e reserve.
Pique a cebola e o alho e refogue-os.
Com azeite e adicione a abobrinha, mexendo por 2 minutos.
Desligue o fogo e acrescente o grão de bico e os demais ingredientes.
Deixe esfriar.
Faça bolinhas e achate-as, passe no gergelim e leve ao forno pré aquecido por mais ou menos 30 minutos.
Libra: Participação
Mike acendeu o bico de gás de Bunsen, estudou a experiência um momento e se afastou um pouco com um suspiro de satisfação. Estava trabalhando com perfeição e, se ele conseguisse ir assim até o fim, poderia escrever um trabalho de química que iria agradar até ao Sr. Turner.
Seu entusiasmo diminuiu ao pensar em escrever. Ele era bom em química e os rapazes o consideravam um “bambam” em matemática. Mas, para escrever Mike não era lá grande coisa. Ele sabia o que estava fazendo, mas parece que nunca conseguia achar as palavras certas para pôr no papel e explicar os “por que”, os “por que não”, os “portantos” e os “comos” de suas experiências. O Sr. Turner era tão insistente em ter cada passo do processo explicado, cuidadosamente, em um relatório escrito que, por melhor que fosse a experiência, ele teria uma nota baixa se o relatório não estivesse à altura.
Um barulho estranho no outro lado do laboratório interrompeu os pensamentos de Mike.
– Oh, não, de novo! – gemeu Jan, que estudava química só porque precisava dela para poder entrar na faculdade, e só fazia desastres.
Mike abaixou a chama do bico de gás de Bunsen e foi para perto de Jan sorrindo.
– O que aconteceu desta vez?
– Eu estava tentando colocar o líquido neste tubo de ensaio e escapou tudo da minha mão.
Jan contemplava desoladamente a bagunça no chão.
– Eu nunca vou acabar esta experiência e eu nunca vou entrar no curso se eu não conseguir. O melhor é esquecer a faculdade agora mesmo.
– Ei, ânimo. Não pode ser assim tão ruim – Mike começou a limpar o chão com um pano – Venha, vamos limpar isto.
Enquanto trabalhavam, Mike começou a pensar em uma coisa, e quando acabou ele pediu a Jan que desse uma olhada na sua experiência. Ela olhou meio desanimada, sem nem mesmo ver e disse:
– Parece ótimo. As suas coisas sempre estão ótimas. Você podia tirar um dez neste curso de olhos fechados.
– Ora, não é isso que eu quero dizer – disse Mike impaciente – O que você acha disto? O Sr. Turner disse que nós poderíamos fazer nossas experiências em parceria, não é? Então, suponha que eu faça e depois explique para você e você faça o relatório por escrito. Que tal?
O rosto de Jan começou a se alegrar ao considerar a ideia. Se havia uma coisa que ela sabia fazer era escrever. Ela vinha escrevendo histórias há anos, escrevia para o jornal da escola e quase sempre o professor de inglês lia o seu trabalho para a classe.
– Que legal! – exclamou ela, depois olhou desconfiada para Mike – Você tem certeza que quer me explicar tudo isso? Provavelmente eu não vou entender nem o começo.
– Não se preocupe – disse Mike – Se você não entender, eu explico outra vez; e mais outra. Você vai entender e eu vou ficar muito contente por não precisar escrever o relatório.
Assim, eles concordaram. Jan sentou-se e ficou observando com atenção, enquanto Mike explicava cuidadosamente, ponto por ponto, à medida que prosseguia. Como ela temia, não entendeu nada, mas Mike, que de qualquer modo queria melhorar a experiência, concordou em voltar no dia seguinte depois da aula e repassar tudo de novo desde o começo.
No dia seguinte, Jan, que tinha parado de se preocupar com suas próprias derrotas e, portanto, em condições de poder se concentrar melhor, teve muito menos dificuldade em entender as explicações de Mike e até descobriu que as respostas a algumas questões simples que ela sempre teve vergonha de perguntar em classe, pareciam se encaixar em seus lugares com o resultado do que Mike estava fazendo.
No terceiro dia, tentaram de novo e, desta vez, Jan conseguiu dizer a Mike, ponto por ponto, como fazer e sentiu que estava preparada para fazer o relatório da experiência.
Ela fez isto durante o fim de semana e quando Mike o leu na segunda-feira, olhou para ela admirado e disse:
– É um belo trabalho. Eu nunca poderia tê-lo feito.
– Ora, claro que podia. Você explicou tudo pra mim, não foi? E você sabe que eu não consigo entender uma explicação de química a não ser que seja muito simples e clara. Eu entendi a sua experiência e estou entendendo mais sobre química só por causa de sua explanação.
– Está certo – riu Mike – você me convenceu. Outro trabalho que eu fizer, vou tentar escrevei-o e você vai ver se consegue entender.
– Ótimo – disse Jan – E também aposto como vou.
Alguns dias mais tarde, o Sr. Turner estava discutindo os trabalhos na classe.
– Jan e Mike – disse – o de vocês é uma das melhores colaborações que já vi. Essa experiência é muito sofisticada – algo que sabia poder esperar de Mike – mas ele nunca me apresentou um relatório tão conciso e completo. E você, Jan, eu sei que você não poderia escrever o relatório tão bem se você não tivesse realmente entendido a experiência. E, se você conseguiu entender, você aprendeu muito.
– Eu entendi de verdade, Sr. Turner, sorriu Jan, e a química já está até começando a ter sentido para mim. Contudo, há outra coisa que entendo agora e é o valor de trabalhar juntos. Acho que todos têm que aprender a fazer tudo por nós mesmos, mas, às vezes, podemos aprender muito quando alguém, que sabe fazer uma coisa, e alguém que quer fazer outra coisa se unem, e se ajudam, mutuamente.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
Libra: Equilíbrio
Sandy estava abatida quando desligou o telefone.
– Linda está doente – anunciou.
– Oh, isso é mau – disse a mãe. Espero que não seja nada sério.
– Não é, mas ela não pode fazer aquela palestra no Clube Cívico esta noite, e a Sra. Greer quer que eu faça.
Sandy e Linda tinham passado o verão trabalhando em um acampamento para crianças desprotegidas. Elas tinham sido convidadas pelo Clube Cívico para falar sobre suas experiências, e Linda, sempre espontânea e comunicativa, ficou encantada em fazer uma palestra. Sandy, que ficava gelada só de pensar em se apresentar a um grupo de pessoas, disse que iria com ela só para dar apoio moral e mostrar alguns slides das atividades no acampamento. Agora, a presidente do Clube Cívico queria que Sandy fizesse a palestra.
– Eu não posso fazer uma palestra, mãe – lamentou-se Sandy – toda aquelas pessoas olhando para mim – eu morreria.
A mãe sabia o quanta Sandy era acanhada, mas estava contente porque ela finalmente ia ser obrigada a sair de sua concha e enfrentar um auditório.
– Você não vai morrer meu bem, e você pode falar sobre as experiências do acampamento do mesmo jeito que Linda ia fazer.
– Eu não sei falar como Linda, mãe – protestou Sandy – Ela sabe tudo na ponta da língua, e diz tudo como uma história, e qualquer coisa que perguntarem ela arranja um jeito de responder.
– Por que você teria que falar como Linda? – Perguntou a mãe – Fale do jeito que Sandy fala. Você gostou do seu trabalho no acampamento, não é?
– Claro que sim! – exclamou Sandy – Foi maravilhoso ver aquelas crianças carentes começarem a se mostrar felizes e saudáveis. Imagine que algumas daquelas crianças nunca tinham visto um coelho antes.
Sandy falou com entusiasmo por mais algum tempo, enquanto o sorriso da mãe aumentava.
– Está vendo – interrompeu, por fim – você está falando sobre o acampamento sem nenhum problema, fazendo tudo parecer maravilhoso. Do que você tem medo?
– Oh, mamãe! – Sandy ficou desanimada outra vez. Eu estou falando para você. Você compreende. Esta noite terei que falar para todos aqueles desconhecidos.
– Você não acha que eles vão entender? Eles são pessoas, não monstros. E não pense neles. Pense em todas as coisas maravilhosas que aconteceram no acampamento e a palestra sairá naturalmente.
Depois que a mãe saiu, Sandy ficou arrasada por um tempo, depois foi para seu quarto e começou a fazer anotações. Pelo menos, raciocinou se tivesse algumas anotações poderia consultá-las e não teria um branco total em sua mente; conseguiria dizer alguma coisa, embora parecesse sem graça. Passou quase toda a tarde ensaiando o queria dizer e ficava cada vez mais e mais nervosa, e na hora do jantar mal conseguiu comer.
Seu pai brincou com ela esperando fazei-a sorrir, mas parou quando percebeu que ela estava quase chorando. Foram de carro até o Centro Cívico, em silêncio, e quando desceu, o pai abraçou-a e a mãe segurou sua mão, desejando-lhe boa sorte.
– Obrigada – murmurou Sandy, muito pálida, com as mãos tremendo tanto, que mal podia segurar suas anotações.
Tomou seu lugar no palco, ficou sentada, totalmente alheia enquanto se processavam os preliminares do programa. Por fim, a presidente disse:
– Agora, senhoras e senhores, a Srta. Sandra Davis vai nos falar sobre seu trabalho no acampamento Cascade.
Entre aplausos, Sandy caminhou até ao centro do palco. Com voz fraca e trêmula ela começou a falar. Ouviu-se um arrastar de pés no auditório e ela viu seu pai; sentado nas primeiras filas, formar com os lábios as palavras “mais alto” e sorriu encorajadoramente.
– Oh, meu Deus – pensou Sandy – eles já estão impacientes e não conseguem me ouvir.
Então, de repente, ela endireitou os ombros e ergueu o queixo.
– Muito bem. Eu vou fazê-los me ouvir.
Largou os papéis, e disse:
– A minha amiga Linda Johnson deveria estar fazendo esta palestra. Eu não sou capaz de fazer como ela teria feito, mas eu gostaria de lhes falar sobre o acampamento à minha maneira, se vocês tiverem paciência de me ouvir.
Houve um começo de aplauso encorajador e Sandy sorriu e ficou um pouco mais à vontade.
– Vocês sabiam que há crianças na nossa cidade que estão no 3º ano primário e nunca viram um coelho? No meu primeiro dia no acampamento… e ela continuou com tanto entusiasmo como havia feito com sua mãe de manhã.
Falou, sem consultar os apontamentos, por quase meia hora, ficando tão absorvida pelo assunto que quase não percebia as pessoas que por sua vez, ouviam encantadas. Por fim, Sandy disse:
– Eu tinha planejado mostrar alguns slides depois da palestra de Linda. Vocês ainda querem vê-los?
Mais aplausos. Sandy projetou os slides e depois respondeu às perguntas.
Depois do programa, enquanto era servido um lanche, muitos membros do cube rodearam Sandy fazendo mais perguntas. Sandy, sorridente e à vontade, deu as respostas adequadas, e estava visivelmente muito satisfeita.
Uma amiga íntima da família aproximou da mãe de Sandy e sussurrou:
– Eu sempre achei Sandy uma menina acanhada, o que aconteceu com ela?
– Ela está adquirindo equilíbrio hoje, sorriu a mãe. Não está ainda totalmente à vontade, mas está aprendendo a se controlar diante de um público. Agora que ela teve a sensação de segurança, estou certa que vai se esforçar para tornar isso uma parte natural do seu caráter.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
HAMBURGUER DE GRÃO DE BICO
Ingredientes:
2 xícaras (chá) de grão de bico cozido e amassado
¼ xícara (chá) de farinha de trigo integral
2 colheres (sopa) de óleo
1 cebola média ralada
2 colheres (sopa) de salsinha
Orégano e manjericão picadinhos a gosto
Sal a gosto
Modo de preparo:
A receita deve começar com o grão de bico ligeiramente úmido, para que os demais ingredientes sejam incorporados.
Misture o grão de bico com os temperos e vá adicionando a farinha aos poucos, até dar liga e a massa desgrudar das mãos.
Faça os hambúrgueres e grelhe em panela de teflon ou asse em forno médio até dourarem.
BOLO DE FUBÁ COM GOIABADA NA CANECA
Ingredientes:
1 ovo pequeno
3 colheres (sopa) de óleo
4 colheres (sopa) rasas de açúcar mascavo fino
4 colheres (sopa) de leite
2 colheres (sopa) rasas de fubá
4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
1 colher (café) de fermento em pó
Cobertura:
2 colheres (sopa) de goiabada sem açúcar ou adoçada com açúcar mascavo
1 colher (sopa) de água
Modo de fazer:
Derrame o ovo na caneca e bata com um garfo. Ponha o óleo, o açúcar, o leite, o fubá e misture. Coloque a farinha e o fermento e mexa até dar ponto.
Leve por 3 minutos ao micro-ondas em potência máxima (alta).
Faça a cobertura picando a goiabada, juntando a água e levando ao micro-ondas por 1 minuto, até derreter.
Jogue sobre o bolo.