Materialismo – A Teoria Materialista sustenta que a vida é uma viagem do berço ao túmulo; que a Mente é o resultado de certas correlações da matéria; que o ser humano é a mais elevada inteligência do Cosmos; e que sua inteligência perece quando o corpo se desintegra depois da morte.
Segundo a doutrina materialista a inteligência do ser humano é uma propriedade da matéria; nasce e morre com o organismo. O ser humano é “nada antes e nada depois” da vida corporal.
Consequência: Não sendo o ser humano mais que matéria, só são reais e individuais os gozos materiais; os efeitos morais carecem de porvir; à morte ficam rotos para sempre os laços morais; as misérias da vida não tem compensações; o suicídio vem a ser o fim racional e lógico da existência, quando não há esperança de alívio nos sofrimentos; é inútil contrariar-se para vencer as más inclinações; enquanto estamos na Terra devemos viver o melhor possível; é uma estupidez preocupar-se e sacrificar seu repouso, seu bem-estar pelos outros, isto é, por seres que por sua vez serão reduzidos a nada e que jamais voltarão a se ver; os deveres sociais ficam sem base; o bem e o mal são coisas convencionais e o freio social reduz-se à força material da lei civil.
Graça – define-se como: “O divino e não merecido favor para com o ser humano. A misericórdia de Deus segundo se diferencia de sua justiça”. São Paulo compreendeu muito bem que com a graça uma nova Dispensação se havia inaugurado desde o advento de Cristo. A Graça abre então o caminho para a reforma do individuo e não e contraria a lei, senão que obedece a mesma e aplica uma superior.
Consciência: o resultado da dor e do sofrimento no Purgatório, junto ao sentimento feliz extraído das boas ações da vida passada, no Primeiro Céu. Força propulsora que nos põe em guarda contra o mal, o produtor de sofrimentos, e nos inclina para o bem, o gerador de felicidade e alegria.
Dar: uma expressão de força maior. O poder de dar não pertence exclusivamente ao ser humano rico. Dar dinheiro sem discernimento pode ser até um mal. É um bem dar dinheiro para um propósito que consideremos benéfico, porém um serviço prestado vale mil vezes mais. Um olhar carinhoso, expressões de confiança, uma simpática e amorosa ajuda são coisas que todos podem dar, seja qual for a fortuna de cada um. Todavia devemos ajudar o necessitado de maneira que ele possa ajudar a si próprio, seja física, financeira, moral ou mentalmente, para que não dependa mais de nós nem dos outros.
Dar é mais agradável do que receber, não por orgulho, mas porque no ato de dar está a expressão da minha vida.
Gratidão – um atributo de sabedoria e uma base importante de evolução; produz crescimento anímico. Pois no Primeiro Céu, após a nossa morte (morte desse Corpo Denso) ao chegarmos às cenas em que ajudamos a outrem, viveremos de novo toda a alegria que isto nos proporcionou, como também sentiremos toda a gratidão emitida por aqueles a quem ajudamos. Quando contemplamos de novo as cenas em que fomos ajudados por outros, voltamos a sentir toda a gratidão que emitimos ao nosso benfeitor. Deste modo vemos a importância de apreciar os favores com que outros nos cumularam. Nossa felicidade no céu depende da felicidade que tenhamos proporcionado a outros, e do valor que demos àquilo que outros fizeram por nós.
Raiz do Nariz – Há um ponto, colocado na “raiz do nariz”, entre os arcos supraciliares, a um centímetro e meio abaixo da pele, que tem um correspondente no Corpo Vital. Este ponto não é o Corpo Pituitário , que está muito mais para dentro da cabeça do Corpo Denso. Quando esses dois pontos, do Corpo Vital e do Denso se põem em correspondência, como acontece no ser humano atual, o clarividente treinado pode ver ali uma mancha preta, ou, em outras palavras, um como que espaço vazio, semelhante ao núcleo invisível da chama de gás. É o assento do espírito interno do ser humano, o Santo dos Santos no Templo do corpo humano, fechado para todos menos para o espírito interno do ser humano, o Ego, que nele habita. O clarividente treinado pode ver, com maior ou menor acuidade segundo sua capacidade e treinamento, todos os diferentes corpos que formam a aura humana, mas esse ponto, esse lugar, está oculto para ele. É a “Isis”, cujo véu ninguém pode levantar. O ser mais evoluído não pode erguer o véu do Ego, nem mesmo da mais humilde e menos desenvolvida criatura. Sobre a Terra, isso e somente isso, é tão sagrado que está completamente a salvo de toda e qualquer intromissão.
Quando o ponto do Corpo Vital se pôs em correspondência com o ponto da raiz do nariz do Corpo Denso,alcançamos a consciência de vigília, o mundo material torna-se a única coisa real. Tão real que muitos chegam a formar ideia de que tais Mundos internos não existem, e a considerar a crença neles como uma estúpida superstição. O espírito interno desperta para o Mundo Físico, e a maior parte da humanidade perde a consciência dos Mundos internos.
Teoria do Renascimento – ensina que cada alma é uma parte integrante de Deus, contendo em si todas as potencialidades divinas, do mesmo modo que a semente contém a planta; que por meio de repetidas existências em Corpos terrestres de qualidade gradualmente melhor, as possibilidades latentes convertem-se lentamente em poderes dinâmicos; que ninguém se perde neste processo, mas que toda a humanidade alcançará, por fim, a meta da perfeição e a união, novamente, com Deus.
É dualística, isto é, atribui certos fatos e fases da existência a estados suprafísicos e invisíveis, se bem que difira amplamente em outros pontos da Teoria Teológica.
A doutrina do Renascimento, que postula um processo de lento desenvolvimento, efetuado, persistentemente, por meio de repetidos renascimentos e em formas de crescente eficiência. Por intermédio destas formas, tempo virá em que todos alcançarão o cume do esplendor espiritual, presentemente, a nós, inconcebível. Nada há nesta teoria que seja irrazoável ou difícil de aceitar. Olhando ao redor, vemos por toda a parte o esforço lento e perseverante, na natureza, para atingir a perfeição. Não vemos nenhum processo súbito de criação ou mesmo de destruição, tal como postula o teólogo, mas nós vemos isto sim, “Evolução”.
Evolução é “a história do progresso do Espírito no Tempo”. Por toda a parte, observando os variados fenômenos do Universo, vemos que o caminho da evolução é uma espiral. Cada volta da espiral é um ciclo. Cada ciclo funde-se com o seguinte, e, como as espirais são contínuas, cada ciclo é o produto melhorado do precedente e o criador de estados sucessivos de maior desenvolvimento.
A linha reta não é mais que a extensão de um ponto. Tem apenas uma dimensão no espaço. A teoria materialista e a teológica seriam semelhantes a essa linha. O materialista diz que a linha da vida parte do nascimento e, para ser coerente, termina na hora da morte. O teólogo começa a sua linha com a criação da alma pouco antes do nascimento. Depois da morte a alma vive indefinidamente, mas seu destino foi determinado de modo irremediável pelos próprios atos no curto período de uns tantos anos. Não pode voltar atrás para corrigir os erros. A linha, seguindo sempre reta, implica numa experiência irrisória e em nenhuma elevação da alma após a morte.
O progresso natural não segue uma linha reta, conforme está implícito nessas duas teorias. Nem mesmo segue um caminho circular, o que significaria uma infinidade de voltas nas mesmas experiências e o emprego de apenas duas dimensões do espaço. Todas as coisas se movem em ciclos progressivos para que possam aproveitar plenamente todas as oportunidades de progresso oferecidas pelo universo de três dimensões. É, pois, necessário à vida em evolução tomar o caminho de três dimensões – a espiral que segue continuamente para frente e para cima.
Quer na modesta plantinha do nosso jardim, quer nas gigantescas sequoias da Califórnia, com troncos de nove metros de diâmetro, sempre notamos a mesma coisa: cada ramo, talo ou folha brota segundo uma espiral simples ou dupla, ou em pares opostos que se equilibram mutuamente, análogos ao fluxo e refluxo, ao dia e à noite, à vida e à morte, e a outras atividades alternativas da Natureza.
Examinando a abóbada celeste, e observando as imensas nebulosas ígneas ou os caminhos dos Sistemas Solares, por toda a parte vemos a espiral. Na primavera a Terra sacode seu branco manto e desperta do período de descanso – seu sono invernal. Todas as atividades visam produzir vida nova por toda a parte. O tempo passa. O trigo e as uvas amadurecem e são colhidos. Outra vez o ativo verão se desvanece no silêncio e na inatividade do inverno e, novamente, o manto branco da neve envolve a Terra. Seu sono, porém, não é eterno: despertará de novo ao canto da nova primavera, que marcará para ela um pouco mais de progresso no caminho do tempo.
Assim acontece com o Sol. Levanta-se todas as manhãs, mas a cada dia progride em sua jornada anual.
Por toda a parte encontra-se a espiral: para frente, para cima, para sempre!
Será possível que esta lei, tão universal em todos os outros Reinos, não o seja também na vida do ser humano? Deverá a Terra despertar a cada ano do seu sono invernal; deverão a árvore e a flor viverem de novo e somente o ser humano morrer? Não é possível! A mesma lei que desperta a vida na planta para que cresça outra vez, traz o ser humano de volta para adquirir novas experiências e avançar ainda mais para a meta da perfeição. Portanto, a teoria do Renascimento, que ensina a necessidade de repetidas incorporações em veículos de crescente perfeição, está em perfeito acordo com a evolução e com os fenômenos da Natureza, o que não ocorre com as outras duas teorias.
Considerando a vida sob o ponto de vista ético, podemos inferir que a Lei do Renascimento e sua companheira, a Lei de Consequência, juntas constituem a única teoria que satisfaz o senso de justiça e está em harmonia com os fatos da vida, conforme os vemos ao nosso redor.
Teoria Teológica – afirma que em cada nascimento uma alma recém-criada por Deus entra na arena da vida, passando pelas portas do nascimento, a esta existência visível; que ao fim de um curto período de vida no mundo material passa, através dos portais da morte, ao invisível além, de onde não volta mais; que sua felicidade ou desgraça ali é determinada para a toda eternidade pelas ações que tenha praticado durante o período infinitesimal que vai do nascimento à morte.
É dualística, isto é, atribui certos fatos e fases da existência a estados suprafísicos e invisíveis, se bem que difira amplamente em outros pontos da Teoria do Renascimento.
Uma das maiores objeções que se faz à doutrina teológica ortodoxa, tal como se apresenta, é sua completa e reconhecida impropriedade. Das miríades de almas que foram criadas e habitam este Globo desde o princípio da existência, mesmo que este princípio não vá além dos seis mil anos, é insignificante o número das que se salvariam: apenas “cento e quarenta e quatro mil”! As demais seriam torturadas para sempre! E assim o demônio teria sempre a melhor parte. De modo que até poderíamos dizer, como Buda: “Se Deus permite que tais misérias existam, Ele não pode ser bom, e se Ele não tem o poder de impedi-las, não pode ser Deus”.
Nada há na Natureza que se pareça a tal método: criar para, em seguida, destruir o que foi criado. Imagina-se que Deus deseja a salvação de TODOS, e que é contrário à destruição de qualquer um, tanto que para salvá-los “deu Seu Único Filho”. Assim sendo, esse “glorioso plano de salvação” falha pela base!
Se um transatlântico, com duas mil almas a bordo enviasse uma mensagem sem fio de que estava afundando na saída de Sandy Hook , poder-se-ia considerar um “glorioso plano de salvação” enviar em seu socorro apenas um rápido barco a motor, capaz de salvar só duas ou três pessoas? Certamente que não! Pelo contrário, seria considerado um “plano de destruição” não providenciar meios adequados para salvar, pelo menos, a maioria dos passageiros em perigo.
O plano de salvação dos teólogos, porém é muitíssimo pior do que isso, uma vez que dois ou três em dois mil é uma proporção imensamente maior do que o plano teológico ortodoxo de salvar unicamente 144.000 dentre todas as miríades de almas criadas. Podemos, pois, sem medo de errar, rejeitar esta teoria também, já que é inexata, porque é irrazoável. Se Deus é onisciente Ele deve ter desenvolvido um plano mais eficaz. E assim Ele o fez. O que ficou dito é apenas teoria dos teólogos. Os ensinamentos da Bíblia são, conforme veremos adiante, muito diferentes.
Teoria Materialista – sustenta que a vida é uma viagem do berço ao túmulo; que a Mente é o resultado de certas correlações da matéria; que o ser humano é a mais elevada inteligência do Cosmos, e que a sua inteligência perece quando o Corpo se desintegra, após a morte.
É monística. Procura explicar todos os fatos da existência como processos dentro do mundo material.
Comparando a teoria materialista com as leis conhecidas do Universo, notamos que tanto a continuidade da força como as da matéria estão bem determinadas, além de qualquer necessidade de elucidação. Sabemos também que força e matéria são inseparáveis no Mundo Físico. Isto é contrário à teoria materialista, para a qual a Mente perece ao ocorrer a morte. Se nada pode ser destruído, também a Mente não o poderá. Ademais, sabemos que a Mente é superior à matéria, posto que ela modela a face tornando-a uma reflexão ou espelho da Mente. Sabe-se que as partículas dos nossos Corpos são continuamente trocadas e que, pelo menos uma vez em cada sete anos, todos os átomos do Corpo são substituídos.
Se a teoria materialista fosse verdadeira a consciência também deveria sofrer uma completa mudança, não podendo conservar a memória do passado, pelo que em qualquer tempo só poderíamos recordar os acontecimentos dos últimos sete anos. Mas bem sabemos que tal não acontece. Recordamos até os acontecimentos da nossa infância. Pessoas há que relatam incidentes dos mais triviais, esquecidos da consciência comum, recordados distintamente numa visão rápida e retrospectiva da vida quando estiveram a ponto de perecer afogadas. Experiências similares, em estado de transe, são também muito comuns. O materialismo não pode explicar essas fases de sub e supraconsciência. Simplesmente as ignora. Mas ignorar a existência desses fenômenos, quando a investigação científica moderna os têm comprovado fora de qualquer dúvida, é séria falha numa teoria que proclama poder resolver o maior problema da vida – a Vida em si mesma.
Renascimento – cada alma é uma parte integrante de Deus, contendo em si todas as potencialidades divinas, do mesmo modo que a semente contém a planta; que por meio de repetidas existências em Corpos terrestres de qualidade gradualmente melhor, as possibilidades latentes convertem-se lentamente em poderes dinâmicos; que ninguém se perde neste processo, mas que toda a humanidade alcançará, por fim, a meta da perfeição e a união, novamente, com Deus.
Ela postula um processo de lento desenvolvimento, efetuado, persistentemente, por meio de repetidos renascimentos e em formas de crescente eficiência. Por intermédio destas formas, tempo virá em que todos alcançarão o cume do esplendor espiritual, presentemente, a nós, inconcebível. Olhando ao redor, vemos por toda a parte o esforço lento e perseverante, na natureza, para atingir a perfeição. Não vemos nenhum processo súbito de criação ou mesmo de destruição, tal como postula o teólogo, mas nós vemos isto sim, “Evolução”.