Arquivo de categoria Relação do Ser Humano com outros Seres

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Serviço tem sua fonte de Amor, o Amor a Nosso Pai e aos Nossos Irmãos

O Serviço tem sua fonte de Amor, o Amor a Nosso Pai e aos Nossos Irmãos

Não importa quão pequeno ou pouco importante que sejamos, alguém tem necessidade de nossa ajuda. Não importa quão ignorante possamos ser, ou o pouco talento que tenhamos, ali, muito perto de nós, há um serviço que só nós podemos prestar. A cada um de nós foi dado oportunidades para servir; não as percamos por nosso descuido ou indiferença. Não as percamos por esperar grandes oportunidades a realizar. O serviço que achamos pequeno e sem importância, pode produzir o maior bem. Basta um instante para estender a mão que pode ajudar a alguém a encontrar seu caminho ou uma estrela a qual seguir. Uma só palavra de alento ou de compreensão pode levantar a uma alma do mais profundo desespero e ajudá-lo a começar uma vida nova.

Quando se nos dá a oportunidade de servir, não desperdicemos tão preciosa ocasião em perguntarmos: “Me trará alguma benção?”; “que proveito terá nisso?”; “meu prazer antecipado diminuirá seu valor?”; “requererá muito esforço?”; “por que não deixar para que outra pessoa o faça?”; “poderei deixar para amanhã?”, e outras mil e uma escusas. É muito melhor, sem perder tempo, dirigirmos a palavra ou estendermos a mão a quem necessita, com alegria e gratidão pela oportunidade que se nos apresenta de fazer um serviço, e esse é um de nossos privilégios, o de Servir.

“Tudo o que fizerdes em favor do menor de meus irmãos, a Mim o haveis feito”, disse o Mestre Jesus Cristo. Demonstraremos nosso amor por Ele, amando nossos irmãos. Servimo-Lo melhor, servindo nossos irmãos. Adoramo-Lo melhor quando oferecemos em Seu nome, nosso serviço desinteressado.

Foi-nos ensinado que “o serviço amoroso e desinteressado que prestamos aos demais, é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus”. Isto se refere ao serviço que não se executa com fim de se obter lucros.

O serviço desinteressado tem sua fonte de Amor, o amor a nosso Pai e aos nossos Irmãos.

O progresso espiritual nos vem pelo serviço, porém este serviço nunca será realizado se ficarmos parados na metade do caminho. Esqueçamos nossas limitações e as nossas faltas.

Há sempre um serviço que podemos fazer melhor do que qualquer outro do mundo. Façamo-lo em nome de Deus.

(Revista Serviço Rosacruz – 05/81 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Quem é Cristo, dentre as Ondas de Vida que conhecemos?

Quem é Cristo, dentre as Ondas de Vida que conhecemos?

A primeira coisa que devemos deixar bem esclarecida é a identidade do Cristo, conforme ensina a Escola de Mistérios Ocidentais. De acordo com o diagrama “Os sete dias da Criação”, do Conceito Rosacruz do Cosmos, o ser humano passou por um intervalo involutivo que abrange os Períodos de Saturno, Solar e Lunar, assim como uma metade do Período Terrestre. Nessa peregrinação pela matéria, o ser humano reuniu os veículos que agora possui.

Durante o Período de Saturno, quando éramos “semelhantes” ao mineral, alguns seres eram humanos como nós o somos atualmente, mas pertenciam a uma Onda de Vida de evolução diferente. Desde então eles têm evoluído para se converterem nos Senhores da Mente. O mais elevado Iniciado daquela evolução – da onda de Vida que então se encontrava no estado humano – é chamado, no Esoterismo, o PAI.

O mais elevado Iniciado do Período Solar, quando, então, eram humanos aqueles seres que agora são os Arcanjos, é chamado o Filho e também o CRISTO.

Os seres que são atualmente os Anjos foram humanos no Período Lunar, e o mais elevado Iniciado a quem chamamos Jeová, é também denominado o ESPÍRITO SANTO.

Temos aqui os estados dos três grandes Seres que, como cabeças da evolução, são os mais ativos. A humanidade no Período Solar não pode descer até a matéria física. Não pode descer aquém do Mundo do Desejo. Portanto, seu veículo inferior é o Corpo de Desejos, e como é uma lei cósmica ser impossível a um ser, criar um veículo que não tenha aprendido a construir durante a sua evolução, seria impossível para o Espírito de Cristo nascer em um Corpo Físico.

Também não podia formar um veículo como o Corpo Vital, constituído de Éter. Não possuía a capacidade para agir nesta última substância, porque nunca a adquiriu em Sua evolução.

Para facilitar os veículos necessários ao Cristo, Jesus, um homem pertencente à nossa evolução, um homem nascido de um pai e de uma mãe, ambos elevados Iniciados, que praticaram a Imaculada Conceição sem paixão, cedeu, no momento do BATISMO, os seus Corpos Vital e Denso ao Espírito Solar, Cristo, que então penetrou no mundo material e se converteu em mediador, possuindo assim todos os veículos necessários para atuar entre Deus e a humanidade. Jesus Cristo é, por conseguinte, absolutamente único, e a Bíblia nos diz que não há outro nome pelo qual possamos salvar-nos, senão pelo nome de Jesus Cristo, sendo este o único Credo Cristão autorizado.

(Revista Serviço Rosacruz – 04/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Coroa da Maternidade

A Coroa da Maternidade

Um dia, o grande Anjo Gabriel, que é o criador de todas as flores que estão sobre a Terra, reuniu seus Anjos, enchendo suas mãos e corações de doce paz celestial, e mandou-os espalhar essa paz celestial sobre as dores do mundo. Ele, também, os instruiu para lhe trazer, no fim do dia, a coisa mais bonita da terra, para transformá-la numa flor rara e perfeita, e para devolvê-la a Terra, a fim de servir de auxílio e inspiração para as crianças.

Todos esses Anjos partiram, alegremente, para cumprir sua bela missão, exceto um dentre eles, mais jovem e tímido que os outros, foi ficando para trás, caminhando lentamente.

“O que é que vou dar?”, pensou, enquanto ele flutuava silenciosamente sobre os vales e colinas, envoltas em nuvens. “O mundo inteiro me parece tão bonito”.

As horas passaram rapidamente e os Anjos retornaram triunfalmente ao céu, um seguido do outro, trazendo, todos eles, uma coisa maravilhosa que tinham colhido da Terra. Um havia colhido a névoa perolada do amanhecer; outro trouxe o orvalho que repousa na pétala interna de uma rosa; outro trouxe a música que se eleva dentro de uma catedral e um outro capturou os sonhos do coração de uma filha jovem.

Quando as sombras da noite começaram a cair, o pequeno Anjo ficou cada vez mais triste e suas asas pareciam cada vez mais pesadas; então, passando perto de uma janela aberta, de repente ele parou e olhou para dentro da casa: uma jovem mãe ajoelhada, em profunda adoração ante uma pequena cama, onde um bebê estava dormindo. Um sorriso brotou do seu rosto fofinho e, como se o Anjo tivesse se inclinado para ouvir, a mamãe sussurrou: “Oh! Pequena flor bem-amada, que acaba de vir do paraíso, não olhe para trás nos seus sonhos, você foi separado, recentemente, dos Anjos da guarda? Traga ao meu coração um pouco de luz celestial, com a qual eu possa protegê-lo e orientá-lo”.

E quando ela se curvou para beijar o rosto sorridente dele, murmurou respeitosamente: “Meu Deus, eu Te agradeço pelo mais maravilhoso de todos os presentes: a coroa da maternidade”.

Quando ela olhou para cima, uma lágrima brilhante, com toda a beleza e glória do amor maternal, apareceu sob os cílios da criança adormecida. Houve, de repente, um farfalhar suave de asas e o pequeno Anjo, com a lágrima apertada em seu coração, retornou feliz, ao seu lar celestial.

Ao cruzar as “Portas”, o Anjo Gabriel estava sentado em seu grande trono branco, juntamente com os demais. “Então, pequeno Anjo retardatário”, grunhiu, ternamente, vendo-o se aproximar, “Qual é a coisa mais bonita que você me trouxe da Terra?”.

Timidamente, ele deslizou para fora de seu coração, a lágrima de um amor de mãe.

Quando o Anjo Gabriel a viu, sua face ficou tão bonita, que mesmo os Anjos nunca a tinha visto assim. Ele, delicadamente, a pegou e a segurou em suas mãos, e foi cercado por um halo de luz de tal forma que todos os Anjos baixaram a cabeça e oraram. Ele ficou em silêncio por um longo tempo e, quando, enfim, ele estendeu suas mãos para eles, e disse: “O lírio será o presente dos Anjos às mães do Mundo”.

 

(Traduzido do Les Contes, La Couronne de la Marternité, Corinne Heline, Tiré des « Rays from the Rose Cross », mai 1981 da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris)

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