TOURO: ESTABILIDADE
Quando o caminhão da mudança foi embora, Bill e Sue deram uma olhada nos seus quartos. Os tapetes e a mobília pesada estavam nos seus lugares, mas ainda tinha muita coisa espalhada e em desordem. Sue entrou desconsolada no quarto de Bill e sentou na cama.
– Bem, parece que afinal estamos aqui, disse com resignação.
– Ânimo, maninha, disse Bill, que era três anos mais velho e sempre um amigão para sua “irmãzinha”. Você vai se ambientar, fazer novas amizades, e em um mês vai parecer que você sempre morou aqui.
– Talvez seja para você, mas não para mim. Lá eu tinha a minha turma, a praia aos sábados, o time de basquete, a sociedade de canto – e aqui eu não conheço ninguém.
–– Você vai conhecer gente, e aqui também eles devem ter time de basquete, coral; não tem praia, mas tem montanhas – você pode aprender a esquiar. Pense nisso! Depois, lembre-se que papai tem que começar em um emprego completamente novo. Nós também vamos começar em uma nova escola.
– Eu sei, eu sei, suspirou Sue, e mamãe teve que deixar o vovô e a irmã e o seu clube – mas ainda assim eu acho que é mais fácil para qualquer um de vocês do que para mim.
Sue saiu e começou a pôr as coisas nos lugares, sem o menor entusiasmo.
Tanto quanto ela podia se lembrar, as situações novas sempre a perturbaram. Quando estava no jardim da infância chorou todos os dias, durante uma semana, antes de se acostumar com a ideia da escola. Mais tarde, mesmo sendo uma boa estudante, ficava desesperada na época de provas. Ficava nervosa antes de ir a alguma festinha, embora se divertisse bastante depois. Mas agora, mudando para mais de 1.600 km de distância da sua cidade, onde não conhecia ninguém e tinha que começar tudo de novo, sentia-se mais aflita do que nunca.
Como é que Bill podia estar tão calmo? Ela pensava.
Amanhã ele iria para a escola sorrindo e voltaria com um montão de amigos e contando coisas interessantes.
E ela? Por que é que ela não poderia, pelo menos uma vez, fazer o mesmo? Ainda ontem a mamãe estava dizendo que ela precisava começar a ser mais segura. Coisas inesperadas iriam aparecer durante toda a sua vida – não devia deixar que elas a perturbassem tanto. Sue sabia que a mãe tinha razão – ela iria ficar um trapo se continuasse assim pela vida afora!
Na manhã seguinte seu coração estava batendo acelerado e nem queria ouvir falar em tomar o café da manhã. Contudo, apareceu com um alegre “bom dia”, esforçou-se para manter-se calma e comer normalmente. Mais tarde, apresentou-se na secretaria da escola, fez a matrícula e foi encaminhada para uma classe. Seu pior momento foi ao entrar na sala de aulas, apresentar-se a professora e sentir todos os olhares sobre ela. Em vez de encolher-se, ficou ereta, continuou sorrindo, respondeu com segurança as perguntas gentis da professora, e depois, embora seu coração parecesse querer sair pela boca, ela sorriu e acenou para os colegas mais próximos enquanto sentou-se no seu lugar.
Daí por diante, tomou-se tudo mais fácil. Duas colegas imediatamente se tornaram suas amigas, e no recreio lhe falaram muito sobre a escola e as atividades do bairro. Soube que uma delas morava pertinho dela, na mesma rua, e que um rapaz da sua classe tinha sido colega de seus primos em Pittsburgh. Quando seus colegas souberam que ela nunca tinha esquiado e muito poucas vezes vista neve, convidaram-na para entrar para o clube de esqui, que ia fazer uma excursão nas montanhas na próxima semana. Voltou para casa trocando confidências com sua nova amiga e prometeu esperá-Ia na manha seguinte.
Bill, como era de se esperar, durante o jantar, falou pelos cotovelos; seu dia tinha sido um sucesso brilhante. O papai também tinha se dado bem com seus novos associados, e a mamãe, desempacotando livros tinha ficado muito contente quando as vizinhas vieram com um ensopado e uma sobremesa para o jantar.
– Bem, Susie, perguntou o pai, como foi o seu dia?
– Ótimo! exclamou entusiasmada.
A mãe e o pai ficaram surpresos e Bill sorriu.
– O pessoal quer me levar para esquiar na semana que vem – o treinador vai me ensinar. Mas eu preciso de esquis, papai.
Sue olhou para o pai, interrogativamente.
– Acho que isso se pode arranjar, sorriu o pai.
Então, você teve mesmo um bom dia. Hein?
– Oh, sim, disse Sue. Não sei por que eu estava tão preocupada antes. Os garotos são legais – vou adorar tudo aqui. Depois ficou pensativa. Sabe, mamãe, você tinha razão sobre eu me sentir segura. Só porque uma coisa é diferente não significa que seja ruim. Acho que o mais importante e ficar calma por dentro e agir com calma, aconteça o que acontecer, e se você pensar que tudo vai dar certo, vai mesmo.
– É isso mesmo, meu bem, disse a mãe. E agora acho que sou eu que devo ter calma, porque parece que vamos ter que investir em uma roupa de esquiar para acompanhar os esquis!
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
TOURO: HARMONIA
Ouviu-se uma resposta muito zangada de uma das vozes alteradas lá em cima, uma porta foi batida e tudo ficou em silêncio. A mãe suspirou. Os meninos estavam brigando de novo – aliás, o que eles tinham feito toda a vida e quanto mais cresciam, mais isso incomodava. A sua diferença de idade era apenas de um ano, tinham os mesmos amigos e interesses, iam bem na escola e seus pais não conseguiam saber qual a razão da desinteligência contínua entre eles.
– Bruce, Don, venham aqui, chamou a mãe. Eu quero falar com vocês.
Eles desceram devagar, adivinhando porque a mãe os estava chamando. Ela e o pai se preocupavam tanto com suas brigas, mas eles até que se divertiam. Preocupados, eles sentaram-se na beirada das cadeiras, ansiosos por dar o fora, enquanto a mãe perguntou:
– O que foi desta vez?
– Oh, nada, mãe, disse Don, confuso.
– Quer dizer que foi por uma coisa tão boba que você nem quer me contar, não é? Perguntou a mãe.
– Acho que sim, foi a resposta hesitante. Por que você e o papai se preocupam tanto com nossas brigas? Nós não perturbamos vocês.
– Não mesmo? Perguntou suavemente a mãe. Lembram-se do concerto que assistimos a semana passada? Até vocês gostaram! Eles concordaram. Agora me digam, exatamente, por que vocês gostaram tanto da música?
– Bem – ela soava boa, disse Bruce depois de uma pausa.
– Teria sido assim tão boa se os pistonistas e os violonistas estivessem tocando uma melodia diferente da que estava sendo executada pelo resto da orquestra, ou só tocassem quando e como eles quisessem em vez de obedecer ao maestro? Continuou a mãe.
– Claro que não, respondeu Bruce.
– Então, o que os músicos devem fazer antes que um orquestra possa tocar peças que soem boas?
Bruce e Don se entreolharam, achando que a conversa estava se tornando muito infantil e imaginando onde a mãe queria chegar.
– Bem, acho que eles precisam tocar juntos, disse Don. Se eles não o fizerem, então a música também não estará combinando.
– Certo, disse a mãe. Não será harmoniosa. Agora eu quero que vocês ambos pensem no seguinte. Nossa vida aqui em casa, sua vida na escola, a vida do papai no escritório, tudo pode ser comparado ao trabalho de um músico na orquestra. Todas as pessoas desta casa tocam juntos a mesma música. Todos os alunos da escola tocam juntos a mesma peça musical. Todos os trabalhadores do escritório do papai tocam juntos a mesma peça musical. Se todos os músicos harmonizarem-se uns com os outros, a música será boa e agradável para todos, mas se um só dos músicos se recusar a harmonizar-se com os outros, a música ficará prejudicada e será desagradável para os que a estão executando ou os que a estão ouvindo. Quando um aluno da sua classe causa problemas, o que acontece?
– O professor fica louco, e algumas vezes nós também ficamos, disse Don.
– E os outros conseguem aprender as lições quando isso acontece? Perguntou a mãe.
Os rapazes abanaram as cabeças.
– E o que vocês acham que acontece quando alguém no escritório do papai se recusa a cooperar com os outros ou a fazer o seu trabalho?
– Com certeza será despedido, disse Bruce.
– Claro, se isso durar muito. Bem, eu não posso despedir vocês, a mãe continuou e os garotos sorriram embaraçados, mas com certeza eu não posso fazer o meu trabalho com tranquilidade, nem o papai, quando vocês estão no meio de uma discussão. Quando vocês brigam, ou lutam, ou o que quer que vocês chamem a isso, vocês estão perturbando a harmonia da nossa casa e, pelo fato da harmonia estar perturbada, as pessoas da casa ficam perturbadas e a vida não é tão agradável como seria se houvesse harmonia.
Os rapazes ficaram em silêncio por algum tempo. Por fim, Bruce disse:
– Acho que nós nunca pensamos nisso deste modo.
De vez em quando, você e o papai também discutem – mas nunca como Don e eu, acrescentou depressa, e nós sempre nos sentimos mal quando vocês discutem. Deve ser por causa disso.
– Mas nós nunca pensamos que quando nós estamos brigando isso pudesse fazer vocês se sentirem assim, acrescentou Don. Acho que nós também somos parte da música nesta casa.
– Vocês são mesmo, sorriu a mãe, muito mesmo. Vocês dois são tão importantes nesta família como qualquer um de nós, e o que vocês fazem ou como vocês agem nos afeta a todos.
– Muito bem, companheiro, Bruce disse para Don, vamos tentar ser mais harmoniosos? Eu não vou mais desafinar se você também não sair do tom.
– Concordo, disse Don e, rindo, os rapazes trocaram um aperto de mãos.
– Minha senhora, disse Don, ainda rindo para a mãe, a sua orquestra vai ser bem mais afinada daqui por diante. Acho até que você deve começar a cobrar para os concertos.
A mãe sorriu, olhando seus filhos subirem a escada, pela zombaria bem humorada deles, bem diferente das palavras ofensivas que usaram na sua última briga.
– Por que eu não pensei nisto antes, disse para si mesmo. Eu tive sempre a certeza que, bem lá no fundo, esses rapazes eram muito amigos um do outro. Vai ser maravilhoso ter uma prova disso, de hoje em diante.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).
Influências Fisionômicas e de Personalidade quando no Ascendente
(*) Advertência: a descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau). Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela. Astros nas Casas:
Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo. (Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)
Touro
O taurino tem uma estatura mediana e forte.
A cabeça tem um formato redondo, com um pescoço curto e firme.
O cabelo é claro e enrolado. Os ombros arredondados.
Os olhos são azuis e de olhar amigável.
As sobrancelhas são de formato bonito, arredondado e de cor clara.
O nariz é curto, firme e largo.
A boca chama atenção pela distância entre o nariz e o lábio superior; os lábios são cheios e de formato bonito e, muitas vezes, com a curvinha do amor.
Os dentes são firmes e, às vezes, de cor amarelada.
O queixo é redondo e, muitas vezes, tem uma covinha horizontal. Também nas bochechas, muitas vezes, tem covinhas.
A orelha, em geral, é pequena e com um grande lóbulo.
O taurino tem um andar pesado e firme pisando mais nos calcanhares.
Tanto os braços quanto as pernas são firmes e volumosos. Os dedos são curtos e a parte superior da mão tem, muitas vezes, covinhas, como à propósito o corpo todo.
A posição da cabeça é um pouco inclinada.
O taurino é, como seu homônimo, um tipo pacífico. São muito bem humorados e demora muito para que fiquem realmente bravos. Mas quando ficam bravos não se seguram mais e, por sua enorme força física, são capazes de causar danos corporais. Não esquecem ofensas facilmente. Este tipo pode ficar muito tempo remoendo as coisas.
O taurino gosta de aconchego e de comer bem. Touro rege o céu da boca e a garganta.
Existem vários cantores taurinos. Como é um signo artístico, sua casa é sempre decorada com muito bom gosto e confortável.
Eles gostam de antiguidades (por reflexo do signo oposto Escorpião) e de virtudes.
Um taurino prefere não tomar a iniciativa de algo novo, mas finaliza aquilo que Áries, por exemplo, começou e abandonou.
Eles são muito práticos, mas também dominadores.
Eles gostam de coisas bonitas. Touro pertence à segunda Casa, a do dinheiro e pertences pessoais.
Eles gostam de roupas bonitas e uniformes. Muitos cantores e porteiros são taurinos.
Touro rege a garganta, o nariz e, por oposição (Escorpião), os órgãos sexuais. Por isto distúrbios num órgão refletem no outro, por exemplo: caxumba/inflamação nos testículos.
Quando nervosos eles tem um tipo de tosse e parece que tem algo arranhando na garganta que não quer sair.
Tradução feita pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha
Influências Fisionômicas e de Personalidade quando no Ascendente
(*) Advertência: a descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau). Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela. Astros nas Casas:
Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo. (Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)
Áries
O típico ariano tem uma estatura mediana para alta, magra e rija.
A cor da pele é bronzeada e peluda.
A cabeça é em forma de cunha (face triangular), sobre um pescoço musculoso e esbelto onde o pomo de Adão destaca aos olhos.
Eles têm um cabelo castanho claro ou avermelhado, que em idade avançada ganha entradas acima dos olhos.
No meio da testa o cabelo forma um “V”.
As orelhas são grandes e afinadas formando na parte superior uma ponta (“Peter Pan”).
Os olhos são normalmente azuis, às vezes castanhos e parecem olhar no horizonte (à distância).
As sobrancelhas, que formam um canto do lado de cima mais ou menos no meio, tem a tendência de se juntar.
O nariz é comprido e grande; a ponta, às vezes, levantada – semelhante ao de uma ovelha.
A boca é larga; lábios cheios, às vezes, com a curvinha do coração, enquanto o queixo é pontudo e fino. A boca é cheia e salta para frente.
Os dentes são iguais e tem um visual saudável.
As maçãs do rosto despontam para frente ao redor da boca, partindo do nariz em uma linha.
A testa é baixa e, às vezes, tem duas corcovas no local onde o carneiro tem seus chifres. Muitas vezes o ariano tem uma ou mais cicatrizes no rosto.
A postura é de ter a cabeça e ombros um pouco para frente, parecendo que pode cair para frente a qualquer momento.
O andar é rápido, e, de certa forma, elasticamente sobre os dedos. Apesar dos ossos serem pesados, os tornozelos são finos.
O carneiro é tipicamente masculino, e, como seu homônimo, um líder que não se volta para ver se está sendo seguido.
Naturalmente esquentados e impulsivos, eles atacam imediatamente, sem pensar.
O ariano é honesto e esportivo. Eles são cordiais em sua maneira de agir.
O andar é rápido e por isto muitas vezes tropeçam sobre grandes objetos, que eles nem perceberam.
Como característica eles querem começar tudo ao mesmo tempo, mas não finalizam nada.
O ariano é muito ativo, enérgico e progressista.
A conversa é curta e mordida – como se não terminasse todas as palavras – em tom de comando e áspero.
Eles são impacientes, explosivos e impulsivos.
Um ariano é otimista e, normalmente, tem boa saúde.
Muitas vezes tem dor de cabeça – Áries rege a cabeça; eles podem ter febres repentinas e muito altas.
Se nasce até aos 10° do Signo de Áries, o corpo é mais curto e a pele mais escura que quando se nasce nos últimos 10 graus.
Tradução feita pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha
ÁRIES: AÇÃO
Lisa estava novamente sonhando acordada enquanto ia lentamente para casa, observando, pensativamente, as vitrinas por onde passava. Ela sonhava muito acordada, e frequentemente planejava este, aquele ou aquele outro projeto ambicioso. Contudo, raramente executava esses planos. Viu um tecido que seria ideal para o vestido que estava planejando fazer há semanas, mas deixou para comprar no dia seguinte. Não havia necessidade de começar o vestido imediatamente. Justamente nessa tarde, sem motivo algum, deixou passar o prazo para o teste de habilitação para o Drama Club, sem ler o papel que imaginara para si, mas consolou-se com o pensamento de que haveria outras peças e outros testes de habilitação “mais tarde”. Uma exposição de cartões de felicitações fê-la lembrar-se que havia planejado há muito tempo desenhar um cartão elaborado para as bodas de ouro de seus avós, que seria daí a dois dias.
– Bem, acho que afinal não dá mais tempo, disse para si mesma. Amanhã eu comprarei um cartão.
Quando chegou em casa, sua mãe estava misturando os ingredientes de uma nova receita.
– Oh, eu ia bater isso ontem para come-lo hoje, disse Lisa.
– Eu sei, querida, você disse que ia fazer, respondeu sua mãe resignadamente, mas, como você não chegou a fazer, eu achei melhor fazer agora.
Lisa estava descendo as escadas para a sala de jogos e parou ao ouvir a voz de sua irmã ao telefone.
– Eu sei que ela prometeu angariar donativos neste bairro, mas você sabe que não podemos contar com ela. Ela está sempre dizendo que vai fazer alguma coisa e nunca faz. A campanha se encerra sexta-feira e ela ainda nem começou. A Sra. Marshall disse que ela tem uma pilha de roupas usadas, mas que vai doa-las para o seu grupo da igreja, se nós não formos busca-las logo. A irmã de Lisa era presidente do clube de auxílios das meninas do ginásio, que estava patrocinando uma campanha de angariar roupas para crianças de outros países. Lisa, com seu entusiasmo habitual, tinha dito:
– Claro, eu apanharei as do nosso bairro. Apenas algumas casas por dia e em duas semanas terei todas as roupas. Agora, ela se lembrava bem do olhar desconfiado de sua irmã, quando disse:
– Você tem certeza que vai fazer?
Sua resposta foi zangada:
-Eu disse que vou, não disse? – Eu acho que minha irmã tem razão, pensou Lisa, com remorso. As pessoas não tem podido confiar muito em mim. Bem, eu vou lhes mostrar. Eu vou apanhar essas coisas agora, mesmo que já seja um pouco tarde. No princípio, sua mãe relutou em lhe emprestar o carro, mas quando Lisa explicou que queria reparar sua preguiça anterior e recolher nessa tarde todos os donativos em roupas de seu bairro, e quando viu a expressão rara e decidida de Lisa, ela cedeu. Algumas horas depois, a família ia começar a jantar quando Lisa entrou impetuosamente em casa.
– O banco de trás e o porta-malas do carro estão cheios de roupas usadas, disse tão informalmente como pede, para sua irmã. Se a mamãe deixar, eu as levarei amanhã para a escola.
– Você quer dizer que você conseguiu arrecadar tudo? perguntou a irmã maravilhada.
– Sim, consegui. disse Lisa. Daqui por diante acho que as pessoas podem começar a confiar em mim um pouco mais.
– Oh, está tudo bem, sorriu ao ver sua irmã ficar vermelha.
– Eu ouvi o que você disse no telefone, e doeu no começo, mas agora estou contente por ter ouvido. Acho que muita gente ficou desgostosa comigo por eu não cumprir o prometido, mas tudo vai mudar. Já é tempo de eu me corrigir.
– Você não imagina como eu estou feliz em ouvir você dizer tudo isso, Lisa, disse sua mãe. Nós estávamos imaginando o que fazer com você, e todos os seus planos que nunca se concretizavam em ação, Acho que não teremos mais com que nos preocupar.
– Você não terá que imaginar ou se preocupar, disse Lisa sorrindo. E, de agora em diante, quando eu disser que vou assar um bolo, eu vou mesmo!
Lisa comeu pensativamente por alguns minutos e depois disse:
– Sabem, eu acho que é mais interessante fazer coisas do que apenas pensar em faze-las. Eu realmente me sinto como se tivesse feito hoje alguma coisa muito importante. Acho que é isso que as pessoas chamam de ‘uma sensação de satisfação’. E há outra coisa que as pessoas dizem que eu vou começar a lembrar: ‘atos falam mais alto do que as palavras’. – Puxa, estamos tendo esta noite uma boa dose de filosofia, disse rindo o pai de Lisa. Conheço algumas pessoas na fábrica que poderiam fazer uso destes ensinamentos. Será que você poderia ir lá e nos dar uma palestra sobre ação?
– Talvez eu deva esperar até ter um pouco mais de prática, disse Lisa sorrindo. Entretanto, se vocês me derem licença, eu quero fazer um cartão de aniversário para a vovó e o vovô. Eu posso fazer um bem bonito se eu começar agora mesmo!
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
ÁRIES: INICIATIVA
Sabe, Sr. Lewis, estava dizendo Paul, nós sabemos que o Conselho da Cidade tem falado muito em providenciar mais parques de recreio, mas nada tem sido feito. Bem, aquele lote estreito que o Senhor tem na Rua 10, está vazio e nós pensamos – bem – nós pensamos que se o senhor quiser, nós poderíamos limpá-lo e montar um parque de recreio. As crianças dessa parte da cidade bem que precisam de um!
O Sr. Lewis observou os dois adolescentes sentados no seu escritório, representantes de uma organização estudantil chamado “ACT!” (Aja), sobre a qual ouvira falar muito ultimamente.
– E como vocês pretendem equipá-lo? perguntou.
– Nós achamos que podemos conseguir doações, respondeu Sara. Deve haver muita gente por aqui cujas crianças já ultrapassaram a fase das balanças e escorregadores do quintal. Também podemos construir alguns tanques de areia, e conseguir de uma companhia de construção a doação de algumas barricas grandes e outras coisas e construir um labirinto que as crianças gostam de atravessar.
– E quanta à segurança? perguntou o Sr. Lewis. Um grupo de crianças pode causar confusão com facilidade se for deixado sozinho, especialmente nessa área.
– Oh, as crianças não vão ficar sozinhas, disse Sara. Muitos membros da nossa associação se ofereceram voluntariamente para passar algumas horas por semana supervisionando o parque de recreio e, assim, poderemos mantê-lo funcionando depois das aulas e nos fins de semana.
Sara hesitou e depois continuou:
– O grande problema vai ser a cerca. Acho que não seremos capazes de construir a mais apropriada, mas esperamos receber bastantes contribuições para mandar colocar uma.
– Nós já falamos com o chefe de polícia e ele já nos autorizou a continuar, acrescentou Paul.
– Um-hum, ponderou o Sr. Lewis – Vejo que vocês já planejaram tudo muito bem. E o que e que eu ganho com isto?
– A satisfação de saber que a sua propriedade está sendo usada para alguma coisa que vale a pena, respondeu Paul rapidamente.
O Sr. Lewis riu. – Então, eu não posso mesmo dizer não, posso? Muito bem, vocês tem minha permissão e minha benção. E, se vocês tiverem dificuldade para erguer a cerca, falem comigo e eu verei o que posso fazer.
– Muito obrigado. Sabemos que o senhor vai ficar satisfeito em ter feito isto, disse Paul.
Trocaram apertos de mãos e os estudantes foram embora. Nas semanas seguintes houve muita atividade no terreno baldio da Rua 10, e também em outros bairros, onde equipamentos de jogos fora de uso eram retirados de porões e garagens e carregados no furgão do pai de Paul. Uma firma local doou vários caminhões de areia, e outra aplicou o asfalto.
Os estudantes limparam e pintaram as peças, construíram tanques de areia, labirintos e uma casa em uma árvore que prometia ser uma grande atração. Conseguiram arrecadar dois terços do dinheiro necessário para a cerca, em uma difícil campanha de casa em casa, e o Sr. Lewis inteirou o que faltava.
Os membros da ACT! passavam todo seu tempo livre trabalhando no, ou para o parque de recreio, e um mês depois da primeira conversa com o Sr. Lewis, Paul voltou para convidá-lo para a cerimônia de inauguração. No dia da inauguração, o parque estava repleto de crianças agitadas e de pais contentes. O prefeito, o chefe de polícia e o Sr. Lewis, todos tinham lugar de honra no palanque. Paul e Sara proferiram algumas palavras adequadas, os pais aplaudiram e as crianças pularam.
Então, o prefeito se levantou:
– Eu vou ser breve, prometeu. Aliás, este é um lugar de recreio, não um lugar para ouvir políticos com muito fôlego. Contudo, não podemos deixar estas crianças estragarem estes brinquedos sem antes agradecer a um belíssimo grupo de jovens que, espero, servirá de exemplo para os garotos. Os adultos desta cidade discutiram os prós e contras da instalação de um parque de recreio por tanto tempo, que nem consigo me lembrar, mas foi necessário que um dedicado grupo de adolescentes nos mostrasse o que é iniciativa e assim conseguiram construir um! Eles merecem nossa admiração e nossos agradecimentos.
Depois de aplausos calorosos, a fita em volta do balanço foi cortada, o Sr. Lewis deu uma escorregada desconfortável no escorregador, o prefeito e o chefe de polícia balançaram ainda menos confortavelmente na gangorra, sob os gritos divertidos da criançada. Afinal, as crianças tiveram permissão de brincar e gritos alegres e risadas encheram o parque de recreio. Os pais também pareciam felizes e Sara ficou particularmente comovida ao observar na multidão muitas fisionomias cansadas se abrirem em sorrisos satisfeitos.
– Não sei como lhe agradecer, disse uma das mães, aproximando-se de Sara e estendendo-lhe a mão. Meus cinco filhos estão sempre atrapalhando lá em casa, mas eu tenho medo de deixá-los brincar na rua. Agora eles podem vir aqui e eu sei que estarão seguros.
– Eu gostaria de lhe agradecer também, disse um homem. Minha esposa tem estado adoentada e agora ela poderá descansar mais, quando as crianças vierem brincar aqui.
Depois Paul se aproximou de Sara e, um pouco afastados, eles sorriram um para o outro.
– Parece que tomando as rédeas em nossas próprias mãos tivemos um bom desfecho, disse Paul.
– No começo, eu estava com um pouco de medo, admitiu Sara. Mas, quando vi como as pessoas correspondiam e como as coisas iam bem, perdi o medo. Acho que se você planejar cuidadosamente e depois tomar a iniciativa e fizer com determinação o que planejou, os resultados só podem ser bons.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
PEIXES: COMPAIXÃO
Os rapazes olharam para Burton, que estava sentado do outro lado da sala olhando distraidamente pela janela.
– Nós temos que perguntar a ele? – perguntou Lance.
Eu tenho pena dele e tudo, mas ele não vai fazer nada além de continuar sentado ali. Ele vai estragar a festa.
– Eu acho que vai ser bom para ele se a gente perguntar.
Ele sempre foi deixado de lado, comentou Frank.
Além disso, como é que ele vai estragar a festa ficando sentado ali? Nós podemos nos divertir do mesmo modo.
Que tal, gente?
Muitas cabeças aprovaram com relutância e Lance disse:
– Muito bem, mas é você que vai perguntar. Eu não quero fazer isso.
Burton, dois anos mais velho do que seus colegas, era retardado mental, mas não havia nenhuma escola especializada nas vizinhanças para onde seus pais pudessem mandá-lo. Eles o tinham matriculado no curso secundário onde ele tinha aulas de comércio, arte e educação física, mas ele lia mal e não conseguia aprender as matérias acadêmicas. Ele era geralmente reservado e não criava problemas, e os outros alunos, embora vagamente aborrecidos pela situação, não tentaram mais atrai-lo para seu círculo depois das primeiras e poucas tentativas, que resultaram sem sucesso.
Frank ficou muito tempo pensando no isolamento de Burton. Na verdade, ele não tinha mais vontade do que Lance e os outros de “arrastar” Burton em seus programas, mas ele tinha pena do rapaz, e sua consciência estava sempre dizendo que eles deviam se esforçar mais para serem bons com ele.
Burton balançou a cabeça indeciso quando Frank o convidou e Frank não estava certo de que ele sequer tivesse entendido. Contudo, quando de tarde ele telefonou para a mãe de Burton, ela disse que ele só falava do convite e disse a Frank que não sabia como agradecer pelo que ele havia feito. Todos tinham que levar um prato para a festinha e a mãe de Burton prometeu bater um bolo.
Quando Frank e Lance chegaram no dia seguinte, Burton saiu de casa todo orgulhoso trazendo o bolo em uma caixa. Ele se esforçou um pouco para conversar com os rapazes, mas levou o bolo cuidadosamente no colo, sorrindo. Na festa, ficou sentado quieto apreciando o movimento. Os convidados se esforçaram, por turnos, para sentar perto dele e conversar e, embora ele ficasse quase sempre calado, seu olhar habitualmente apagado, brilhava interessado e, de vez em quando, ele sorria e acenava para os outros. Ele batia o pé ao ritmo da música barulhenta do aparelho de som e se mostrava menos retraído do que o habitual.
Quando a comida foi posta em uma mesa comprida, Frank sugeriu que talvez Burton gostasse de cortar seu bolo. Relutante a princípio, Burton acabou cedendo a gentil sugestão de Frank e começou a cortá-lo. Ele trabalhava com incrível lentidão, e seu rosto era uma verdadeira máscara de concentração, mas as fatias eram regulares.
Depois de certo tempo, Frank sugeriu que ele comesse e deixasse outra pessoa acabar, mas Burton pareceu tão ofendido que Frank não disse mais nada. Finalmente Burton acabou e com muito sucesso e quando alguns amigos o cumprimentaram pelo seu belo trabalho, ele ficou radiante de alegria.
Na tarde seguinte, a mãe de Burton apareceu de surpresa na casa de Frank.
– Eu só queria dizer o quanto você fez o Burton feliz, ela disse. Tenho certeza que ele não falou muito na festa – ele nunca fala com as pessoas até conhecê-las bem e se sinta seguro com elas – mas ele estava tão entusiasmado em casa. Até chegou a dizer: ‘eu acho que eles gostam de mim’.
A mãe de Burton enxugou os olhos e Frank ficou sem jeito.
– Pedir a ele para cortar o bolo foi uma ideia de mestre, continuou a mãe de Burton. Como é que você pensou nisso? Ele não pode fazer muita coisa, mas você não pode imaginar como ele fica outra pessoa, quando consegue fazer alguma coisa bem feita e é elogiado por isso.
Desde então, a vida de Burton na escola foi diferente. Sabendo agora o motivo de seu silêncio, os colegas falavam com ele, mesmo que ele não respondesse. Pediam para ele fazer coisas para eles, mesmo que fosse só apontar um lápis ou devolver livros para a biblioteca. Ficavam atentos para que sempre houvesse um grupo com ele na mesa do lanche, e Frank e Lance iam buscá-lo em casa cada manhã, assim sua mãe não precisava levá-lo para a escola. Ele era convidado para as atividades de classe e festinhas; algumas vezes ainda ele ficava quieto em um canto, distraído e retraído, mas cada vez mais ele ria e falava com os outros – quase sempre uma conversa infantil, mas animado, e visivelmente feliz.
Uma vez, o professor mandou Burton dar um recado e a mãe dele veio até a sala de aula.
– Eu não sei se vocês realmente entendem o quanto significa para meu filho sua compaixão e compreensão, disse aos alunos. Ele se sente parte do grupo – a primeira vez que ele já sentiu ‘pertencer’ a algum lugar. Eu sei que ele é muito limitado, mas graças a ajuda de vocês, ele está trabalhando inteiramente dentro desses limites, e levando uma vida com algum sentido. Que Deus abençoe a todos.
(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)
Peixes: Sensibilidade
Kim desligou o rádio com um estalo.
– Realmente, eu não consigo gostar dessa coisa, ela queixou-se a sua mãe. A rapaziada acha que eu sou esquisita, mas essa música me deixa nervosa e irritada.
Quanto mais alto for, mais eles se acendem e mais eu me apago! Eu devo ser louca.
– Não, Kim, confortou sua mãe. Você não é louca, não. Você é sensível e alguns dos barulhos que passam por música hoje em dia, naturalmente irritam uma pessoa realmente sensível. Fico contente que você sinta isso, o suficiente para não gostar dessa música.
– Mas, algumas das melodias são bonitas – quando há alguma melodia – e às vezes eu gosto do ritmo também, protestou Kim. O que eu não aguento é quando eles tocam esse negócio tão alto e a dissonância que acontece é pior e o jeito que alguns cantam. Parecem berros; não música. Não sei como os garotos podem estudar ouvindo isso. Eu também gosto de música quando estou estudando, mas não essa!
– E você se aborrece realmente por não gostar de música rock? Perguntou a mãe de Kim.
– Bem, sim; fico aborrecida por não ter prazer com ela como os outros garotos – ou talvez porque eu não seja como os outros garotos, disse Kim pensativamente, mas acho que ela não me aborrece tanto que eu não consiga ficar ouvindo quando não tenho o que fazer. Mas, às vezes, você não pode fugir dela.
– Eu sei, disse a mãe. A coisa importante e que você se sente contrariada por essa música, mesmo que você não consiga entender inteiramente os seus efeitos.
– Você me explicou isso, mãe, mas acho que eu ainda não entendi bem, disse Kim. Podia tentar de novo?
– Bem, querida, começou a mãe, você sabe que o Corpo de Desejos dos jovens da sua idade está em processo de desenvolvimento, e que suas Mentes ainda não amadureceram ao ponto de conseguir controlar adequadamente suas emoções. A música rock, com sua dissonância, seu barulho, seus ritmos super-enfatizados e exagerados, e a vocalização sensual e feia, que quase sempre faz parte dela, atrai e fortalece os aspectos inferiores e mais passionais da natureza de desejo. Ela excita as emoções básicas de uma pessoa a um grau inacreditável, e isto, sem dúvida, é particularmente nocivo para vocês jovens, cujas Mentes ainda não estão em condições de controlar essas emoções. Você bem sabe que na maioria são os adolescentes que se ligam na música rock, que vão aos concertos rock e compram esses discos. Isso e porque sua natureza de desejo é especialmente receptiva a esses sons, e suas Mentes ainda não estão controlando as emoções básicas. A maioria dos cantores de rock é jovem. Quantos cantores de rock com mais de trinta e quarenta anos você conhece 1?
Kim riu.
– Muito poucos, assim de repente. E, se existirem, não posso imaginar a garotada ouvindo tais pessoas, com tanta frequência.
– É claro que não. Você foi aquele concerto de rock no mês passado e não gostou. Você se lembra do que você não gostou além da música? – Continuou a mãe.
– Foi o jeito como o auditório gritava e gemia junto com a música, e o jeito como os cantores e todo o mundo se sacudiam. Até fiquei enjoada.
– Sim, causa indisposição pelo menos para quem desenvolveu – ou evoluiu – o suficiente para sentir instintivamente a natureza perniciosa dessa música e o efeito ruim que tem sobre a baixa natureza de desejo. Todos esses gritos e contorções eram realmente os mais baixos desejos dessas pessoas se manifestando, disse a mãe. Você não sabe como estou contente que você seja bastante sensível para sentir isso, e que você não deixe a opinião de seus amigos influenciá-la. Futuramente todos desenvolverão essa sensibilidade, mas tenho medo que isso ainda demore muito.
– Acho que você tem razão, disse Kim. Eu tentei dizer para algumas das garotas como eu me sinto, mas elas dizem que eu sou quadrada, ou que eu pertenço a sua geração – ou mesmo a da vovó! Parece que eu não consigo me comunicar com elas. Talvez eu deva deixar de tentar.
– Não tem sentido hostilizar seus amigos, concordou a mãe, se eles não estão prontos para entender seus sentimentos ou seus argumentos. Mas seria tão bom para eles se entendessem os resultados desastrosos que a inclinação para essa espécie de música pode ter. Não é coincidência que a música rock faz parte da “cultura da droga”. A música estimula os instintos baixos, torna-os bastante poderosos para dominar a personalidade, e o resultado só pode ajudar no vício de drogas, no crime, na delinquência, promiscuidade, e muito mais coisas que estão prejudicando os jovens – e fazendo-os prejudicar outros – nos dias de hoje.
– Bem, vou fazer o que puder, disse Kim, embora provavelmente muito poucos garotos me ouçam. Mas estou muito feliz por não me sentir atraída pela música rock, embora isso me faça “diferente”.
– Eu também estou contente, disse sua mãe.
Kim ligou o aparelho de som e sorriu quando a melodia de uma música de Beethoven encheu a sala.
– Que maravilhosa e sensação diferente você tem ouvindo este tipo de música – suspirou contente. Há nela uma força que nos dá uma nova perspectiva sobre a vida. Se mais pessoas a ouvissem, tenho certeza de que o mundo seria um lugar mais feliz!
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1 Apesar da tendência jovem ao rock, atualmente, várias artistas do Rock que começaram na década de 70 e 80 ainda fazem turnês pelo mundo. Assim, mesmo que tenham começado jovem, a fama os fez não amadurecerem e permanecerem na mesma condição. Além disso, com a Idade de Aquário se aproximando cada vez mais, muitos respondem a isso de modo invertido, e assim, a excentricidade e a heterogeneidade das coisas estão absurdas! Então, veem-se pessoas mais velhas fazendo coisas que apenas jovens fazendo e o contrário também é verdadeiro.
(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)