Seita judaica, a terceira a existir na Palestina. Essênio deriva da palavra hebraica “Asa”, helenizada, e que significa “curandeiro”. A Irmandade Essênia é conhecida principalmente pelo fato de lhe ser atribuída uma ligação com o Cristo e sua missão, pois se diz que Jesus foi preparado para sua obra por esta irmandade. Os essênios eram ascetas devotos, pessoas sendo admitidas em suas fileiras após um noviciado estrito. Todas as necessidades foram atendidas e desfrutadas em comum; e eles tinham seus centros ou faculdades perto do Mar Morto, no Egito, na Síria e em outros lugares do Oriente.
Eles não se ostentavam publicamente (diferente dos fariseus e saduceus). Eram piedosos, estudiosos e contemplativos.
Enquanto os saduceus se perdiam num materialismo estéril e os fariseus se comprometiam com a interpretação puramente literal da lei, a Ordem Essênica procurava o sentido mais profundo das coisas. Conheciam as leis naturais e primavam por viver consoante esses princípios. Viviam em vários mosteiros espalhados pelo oriente médio, sendo o mais famoso o de Qumram, descoberto em 1947, as margens do Mar Morto. Nele foram encontrados diversos pergaminhos cuja decifração possibilitou o esclarecimento de muitos mistérios dos Evangelhos. Uma vida plena de Oração e devoção afastava os essênios de um convívio maior com o povo. No entanto, sua bondade natural, sua pureza de costumes e outras virtudes, atraiam-lhes os sofredores, os desamparados e os sequiosos de alívio.
Essênios foram João Batista, Zacarias, Maria, José e alguns dos Apóstolos. Jesus de Nazaré cresceu e fortificou-se nesse ambiente elevado. Desde tenra idade irradiava uma espantosa sabedoria e a “benevolência de Deus estava sobre ele”. Esse fato é confirmado nos Evangelhos quando do relato do encontro entre o menino e os doutores do Templo.
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