Gêmeos: Versalidade

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Gêmeos: Versalidade

GÊMEOS: VERSATILIDADE

– Eu vou tentar, disse Gwen. Não deve ser difícil.

Gwen, nunca havia trabalhado como balconista ou feito troco antes, mas quando Jean ficou doente, alguém tinha que tomar conta da barraca das Bandeirantes no bazar, e Gwen se ofereceu como voluntária.

Gwen sempre estava disposta a experimentar qualquer coisa nova e sempre com sucesso. Podia-se contar com ela para intervir e ajudar em qualquer emergência, e se lhe pedissem para fazer alguma coisa que ela desconhecesse, ela se esforçava até aprender. Ela sabia cozinhar e fazia suas roupas, fazia parte do clube de teatro era secretária de sua classe, tirava boas notas, gostava de crianças e, frequentemente, bancava a babá.

– De fato- dizia sua irmã Jô, mal humorada – Gwen sabe fazer de tudo. Tem gente que tem muita sorte.

Na verdade não é somente sorte- a mãe tentou dizer-lhe muitas vezes – Gwen decide que vai conseguir o que quer que se proponha, e trabalha até conseguir. Ela não tem medo de tentar.

Contudo, Jô nunca quis aceitar essa explicação e continuou a insistir que as habilidades de Gwen eram pura sorte.

Como é que vai indo? – Perguntou Jô, parando na barraca das Bandeirantes.

– Bem – disse Gwen – Tenho tido muitos fregueses, é bem divertido. Escute Jô, você pode tomar conta um pouquinho? Já passou muito da hora do almoço e eu estou morrendo de fome.

– Eu não sei o preço das coisas, não sei nada – protestou Jôe eu vou ficar toda enrolada fazendo troco. Eu trago um sanduiche para você, se você quiser.

– Oh! Por favor, Jô. Eu queria sair um pouquinho daqui. Os preços estão todos marcados e fazer troco não étão difícil, se você contar. Por favor?

Jô concordou, relutante, em assumir a barraca por uma hora, e a primeira freguesa apareceu assim que Gwen virou as costas. Atrapalhada, Jôprocurou os preços nas mercadorias e embaralhou tudo fazendo o troco. A cliente parecia aborrecida e Jô se surpreendeu por ela ter comprado alguma coisa.

– Eu preciso melhorar – suspirou consigo mesma – Como e que eu fui me meter nisto?

Vários outros clientes se aproximaram. Desta vez, Jôrespirou fundo e disse:

– Desculpem se eu for um pouco lenta. Eu comecei agora mesmo e estou ainda tateando. Bem, o que é que vocês querem ver?

Os clientes se mostraram pacientes, Jô percebeu a sua boa vontade e, sentindo-se mais tranquila, concluiu as vendas com mais segurança. À medida que outros clientes foram chegando, Jô descobriu que ela aprendera a maioria dos preços e percebeu que fazer troco era bem simples se ela prestasse atenção.

Quando Gwen voltou, encontrou Jô elogiando uma mercadoria para uma freguesa, e se comportando como se tivesse trabalhado numa barraca toda a vida.

– Já de volta? – Perguntou Jô – Por que você não descansa mais um pouco ou faz qualquer coisa? Estou me divertindo tanto.

– Então fique aqui me ajudando, riu Gwen. Parece que hoje tem muita gente aqui e vamos precisar de duas pessoas.

Muitos clientes vieram nessa tarde e Gwen achou muito bom ter a ajuda inesperada de sua irmã. A mercadoria foi vendida rapidamente e em um dado momento, Jô comentou:

– Gostaria que houvesse mais coisas em estoque. No próximo ano já sabemos que deveremos ter um maior sortimento.

Gwen sorriu, lembrando o quanto Jô relutou em se meter com o bazar, quanto mais de trabalhar como vendedora. Será que Jô se tornaria uma das grandes colaboradoras para o bazar do próximo ano?

Algumas horas depois, a mãe delas ficou surpresa por veias juntas na barraca, Jô trabalhando com tanta segurança e jeito como Gwen. Ficou observando de longe e depois, sem ser percebida pelas meninas, seguiu seu caminho.

Nessa tarde, Gwen colocou na fazenda o molde para seu vestido novo e começou a cortar. Jô observava criticamente.

– Não parece muito difícil – disse – Aposto que eu posso fazer isso.                                                                       

– Claro que pode – disse Gwen – Tudo que você tem a fazer é ler a indicação esegui-Ias.

– Acho que vou comprar um tecido amanhã e experimentar – murmurou Jô – Sabe, émuito divertido tentar fazer coisas novas. Se alguém me tivesse dito hoje de manhã que eu estaria conduzindo uma barraca, e que acabaria gostando, acho que teria voltado imediatamente para a cama! Mas, eu consegui fazer tudo sem dificuldade depois daqueles primeiros erros e, acredite ou não, fiquei triste quando chegou a hora de ir embora.

A mãe aproximou-se com um prato de doces de chocolate.

– Bem, Jô, vejo que você também teve sorte hoje – sorriu ela.

– Hein? – Jô olhou-a, confusa – Oh! Isso! Bem – ela explicou para a mãe – Não foi realmente sorte, sabe. Eu resolvi que ia fazer o que me propus e batalhei até conseguir. Eu posso fazer qualquer coisa. Entendeu?

– Entendi – riu a mãe – e também percebi que tenho em minhas mãos duas garotas versáteis. Acho que vou ter que me esforçar muito para me igualar a vocês. Que tal isto como começo?

Ela apresentou o prato e as duas garotas avançaram nos doces de chocolate.

 (Do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz).

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