Capricórnio: Prudência

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Capricórnio: Prudência

Capricórnio: Prudência

Com um guincho de freios o carro deu uma guinada na curva.

– Gente, ele é bom mesmo! Maravilhou-se Tom que, sem ligar para a urgente necessidade de diminuir a velocidade, pisou de novo no acelerador.

– Acho bom que o carro tenha bom controle; você com certeza não o têm! Disse Pamela zangada. Você prometeu ter cuidado se eu deixasse você dirigir.

– O que é que há com você? Perguntou Tom impaciente. Só porque eu tive que diminuir um pouco a velocidade. Não aconteceu nada, não e?

– É um milagre que nada tenha acontecido. Vá mais devagar, está ouvindo?

– Poxa! Eu não sabia que você era tão medrosa. Você nunca foi assim antes.

Aborrecido, Tom aumentou mais ainda a velocidade.

– Quando você dirigir o seu próprio carro, o problema é seu e se isso me der medo, não vou com você.

Mas este é o meu carro – novo em folha – e há uma porção de motivos porque eu gostaria que ele, e nós, chegássemos em casa inteiros. Tom vá devagar. Sabe que você está em zona de velocidade controlada?

– E daí? Zombou Tom. Não vejo nenhum guarda.

– Muito bem, pare o carro. Eu vou dirigir.

Tom nunca ouvira Pam tão decidida.

– Poxa! Tenha dó! Implorou. Estou apenas começando.

– Você vai é parar já! Censurou Pam. Pare aqui AGORA!

Tom ficou tão espantado com a atitude de Pam que encolheu os ombros, parou o carro e deixou que ela tomasse a direção sem replicar. Partiram zangados e em silêncio. Pam obedecendo rigorosamente o limite de velocidade e Tom agitado no seu banco. Logo foram ultrapassados por dois jovens em um conversível vermelho, que acenaram para eles com superioridade.

– Você vai deixar que eles avancem assim? Explodiu Tom. Esta belezinha pode vencê-los quando quiser.

– Tenho certeza que pode, mas eu não estou em nenhuma corrida, respondeu Pam.

– Ufa! Foi tudo que Tom pode dizer.

– Escute Tom – disse Pamela pouco depois, tentando quebrar o silêncio opressivo – Não nego que eu gosto de correr. Na verdade eu adoro correr, e nas pistas de alta velocidade e rodovias tudo bem. Mas você não vê que correr nestas estradinhas estreitas é comprar encrenca?

– Não; se você tiver cuidado, disse Tom.

– Se você estiver correndo em uma estrada como esta, você não pode ser cuidadoso.

– Tolice, explodiu Tom.

– Bem, acho que você só vai aprender quando sofrer um acidente – suspirou Pam.

– Bonita coisa para se dizer – disse Tom sarcasticamente. Você esta desejando um para mim?

– Claro que não, mas você parece estar pedindo um.

Pam começou a brecar e Tom olhou para a placa de velocidade que estavam passando.

– Agora você vai baixar para 32 km. Só porque a placa indica? Ele perguntou ainda com sarcasmo.

– É isso mesmo. Tenho certeza que você não faria, mas se não está gostando pode descer e ir a pé.

Pam estava outra vez zangada e Tom ficou carrancudo e não disse nada.

Daí a um momento aconteceu várias coisas ao mesmo tempo. Entraram em uma curva fechada, Pam pisou no breque rápido e, mesmo estando em baixa velocidade, por um triz não apanhou um garoto que estava curvado sobre sua bicicleta no meio da estrada.

Pam encostou-se ao banco, respirou fundo e olhou para Tom, que estava branco como papel!

– Felizmente não estávamos a 96 ou mesmo 40, conseguiu murmurar, e saiu lentamente do carro seguida por Tom.

O garoto, que parecia não se dar conta do risco que correra, disse simplesmente:

– A corrente escapou e a bicicleta não anda.

– Como é que você estava pedalando essa coisa bem no meio da estrada? Você não sabe que é perigoso? Perguntou Tom asperamente e Pam, com o coração ainda disparado, conseguiu olhar para ele intencionalmente.

– Não sei, gaguejou o garoto.

– Bem, eu vou consertar a corrente para você, mas você vai prestar atenção a algumas regras de segurança enquanto eu conserto, e vai prometer que vai obedecer a todas. A voz de Tom ainda estava áspera.

Enquanto Tom consertava a corrente e severamente instruía o garoto, Pam colocou o carro em lugar seguro e sentou-se, subitamente exausta. Tom ainda pálido mandou o garoto embora e entrou no carro.

– Espero que ele tenha aprendido a lição, murmurou.

– Tenho certeza que sim, disse Pam, que poderia ter dito algo mais, mas decidiu que não era necessário.

Não falaram muito indo para casa, mas quando saiu do carro, Tom disse:

– Será que você – será que você quer ir ao show comigo sábado à noite? – perguntou. Prometo dirigir com muito cuidado.

– Claro, vou gostar de ir, sorriu Pam, que estava bem certa que desta vez Tom cumpriria sua promessa. ·.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Adolescentes – Vol. VI – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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