Pergunta: Você poderá comunicar-se com o meu Ego e me fornecer as seguintes informações: quem é meu Ego e o que ele pretende fazer com esta vida terrena, e também como poderia ter consciência dele, diária e ininterruptamente?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Você poderá comunicar-se com o meu Ego e me fornecer as seguintes informações: quem é meu Ego e o que ele pretende fazer com esta vida terrena, e também como poderia ter consciência dele, diária e ininterruptamente?

Pergunta: Gostaria de saber se o Sr. Heindel pode funcionar no plano do Ego. Em caso afirmativo, ele poderá comunicar-se com meu Ego e fornecer-me as seguintes informações: Desejo saber quem é meu Ego e o que ele pretende fazer com esta vida terrena, e também como poderia ter consciência dele, diária e ininterruptamente?

Resposta: Nesta vida terrena, quando estamos despertos, o Ego funciona no Mundo visível como um Espírito interior, mas durante as horas do sono, o Ego fica no Mundo do Desejo, onde também permanecerá por algum tempo após a morte. Os estágios posteriores da existência “post-mortem” serão vividos na Região do Pensamento Concreto, que é o Segundo Céu. Acima desse está a Região do Pensamento Abstrato, também chamada Terceiro Céu, o lar do Ego, que excursiona pela Terra com o fim de ganhar experiência e crescimento anímico.

Enquanto vivemos na Terra são formadas certas ligações com outros que, de acordo com a Lei de Causa e Efeito, produzirão mais cedo ou mais tarde seus efeitos. Isso aparece como sorte ou destino. Devido a transgressões, voluntárias ou ignorantes, da lei da vida em épocas passadas, nós acumulamos uma dívida de más ações que devem ser liquidadas em algum tempo. Devemos colher o que semeamos, antes que nos tornemos puros e livres em espírito. Ao chegar o momento de saldar parte da dívida, o conhecimento desse destino iminente iria paralisar-nos, e a visão total da dura realidade, provavelmente, esmagaria o espírito mais forte, a menos que já estivesse parcialmente iluminado e apto a conformar-se e aceitar as leis da natureza. Quando essa grande luz brilhar dentro do coração de um ser humano e ele sentir-se como um Espírito pródigo, apartado de seu Pai do céu, quando ele exclamar no íntimo de seu coração: “Eu irei para meu Pai”, e que esse desejo esteja sempre ante sua visão espiritual, então, pela primeira vez, ele enfrentará a incorporação de seu destino, chamada pelos ocultistas, “O Guardião do Umbral”.

O aspirante encontra essa entidade na porta entre os Mundos visíveis e invisíveis. Quando ele tenta entrar nesse mundo que conhecera anteriormente por meio da visão espiritual, ele se defronta com esse “Guardião do Umbral”, e não pode passar antes de ser admitido. Todo neófito deve enfrentar esse espectro horrendo, tal como Glyndon o fez na novela “Zanoni”, da autoria de Bulwer Lytton. Esse espectro não se manifesta à humanidade comum, mesmo nos períodos entre a morte e o renascimento, porém, o neófito, como já foi explicado, deve não só encará-lo, reconhecê-lo, mas ter a coragem de passar por ele. Deve proferir um voto solene de fazer tudo o que for possível e necessário para liquidar a dívida que está representada nessa incorporação, e também um voto de silêncio sobre todas as coisas ali ocorridas.

Quando o consulente pergunta quem é seu Ego, pede justamente a informação que o “Guardião do Umbral” dos mundos invisíveis esconde sob a benéfica lei da natureza, que ninguém tem o privilégio de quebrar. Até que tenha atingido a força espiritual para ultrapassá-lo e aprender por si próprio, isso deve permanecer oculto de si. Mesmo então, não haverá um intercâmbio ininterrupto e consciente entre o Eu superior e a personalidade. Isso pertence a um estágio evolutivo muito posterior, quando já tivermos inteiramente espiritualizado nossos veículos em essência anímica. Há somente um caminho a ser seguido: é aplicar-se diligentemente ao problema.

Se continuar a buscar encontrará, mas, lembre-se, não há meios fáceis de chegar a esse conhecimento. Ninguém pode fornecê-lo ou vendê-lo pronto a ser usado. Quanto a nós, que estamos mais avançados, tudo o que podemos fazer pelos outros é indicar-lhes o caminho, encorajando-os a encetá-lo até o fim, a despeito de todos os revezes e obstáculos, confiantes de que o que um ser humano faz, qualquer outro pode fazer. Cada um de nós tem o mesmo poder divino e está habilitado a ser bem-sucedido em tudo o que fizer.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. II – pergunta 53 – Max Heindel)

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