Ser Probacionista ou Provacionista

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ser Probacionista ou Provacionista

Ser Probacionista ou Provacionista

O Estudante Rosacruz, após certo período de estudo (que o iniciou basicamente na Filosofia Rosacruz) ingressa no Probacionismo. Deverá então, estar consciente de que o único, mas grande privilégio que adquire é a maior possibilidade de receber mais luz espiritual. Isto, porém, lhe advirá tão somente em consequência proporcional ao cumprimento consciente e correto da obrigação e responsabilidade que a si mesmo impõe ao aceitar o Probacionismo. É um privilégio, sim, o despertar para as obrigações inerentes a todo ser desejoso de evoluir espiritualmente. Deverá ser a meta daquele que recebeu o chamado Rosacruz, o chamado de Cristo. O Probacionista consciente sabe que doravante os erros cometidos pesarão em dobro de responsabilidade, pois comprometeu-se a “amar e honrar o ‘Eu’” verdadeiro e superior e dedicar sua vida ao serviço amoroso e altruísta. Isto pressupõe orar e vigiar, viver no mundo e não lhe pertencer. Desfazer-se a pouco e pouco de todo o sentimento de egoísmo até automatizar os hábitos de seu Corpo Vital na direção dos aspectos superiores da vida. Não perder as oportunidades de exprimir bons pensamentos e desejos, de realizar os pequenos e grandes serviços ao próximo.

Ora, o serviço não é só trabalho, atividade física senão também atitude mental, emocional, moral, ou seja, principalmente atividade interna. É domínio próprio, é humildade, é buscar e exaltar o lado bom de tudo, enfim, é amor, que nos reverte em paz de consciência. E uma vez haja buscado, encontrado e desenvolvido em certa extensão as virtudes de caráter, cumpre-lhe exemplificá-las e predicá-las humildemente aos que lhas pedirem. A menos que exercite o que aprendeu e conquistou em serviço aos demais, sua conquista é avara e fatalmente atrofiará, por contrariar as leis da natureza. Conhecer meramente a filosofia ou realizar superficialmente trabalhos de assistência, não avançam a alma no “caminho”, pois a convicção apenas, o conhecimento, o trabalho de “fachada” sem o amor, é como o metal que soa, conforme disse São Paulo Apóstolo.

O Probacionista consciente sabe o que é amar ao próximo, considerando a transitoriedade da existência terrena e sobretudo, seus efeitos físicos, morais e mentais. As ações de cada pessoa, via de regra, correspondem às causas e hábitos gerados anteriormente, pelos quais é responsável. Não cabem, pois, as críticas, as intromissões, as malquerenças. Em vez de agir negativamente como as pessoas comuns, o Probacionista ajuda com orações e pensamentos positivos. Com isso não atrai as reações das leis naturais, respeita o livre arbítrio de seu semelhante e exercita o domínio próprio, caso a desinteligência o procure envolver.

O Probacionista consciente recebe os desafios da vida como oportunidades de exercitamento anímico: serenidade, reconhecimento de erros próprios, esforço sincero de arrependimento e emenda, superação das falhas, cultivo do bem e da verdade. Ele sabe que do Alto só lhe vêm oportunidades de elevação e as forças necessárias para a ascensão?

Esse desejo constante de progresso anímico, de forma equilibrada, através da autossuperação e do serviço, é o verdadeiro caráter do Probacionista, é o reflexo natural da filosofia superior que abraçou, cuja luz dele emanará onde estiver, credenciando-o cada vez mais à confiança e a serviços de esferas progressivamente mais largas, no mundo. E disto é que o Cristo necessita em sua Vinha: auxiliares reais. Quando haja um número suficiente de seres humanos desse caráter, o mundo estará efetivamente salvo e Sua missão terminará. E seremos a força ascensora e levitadora do Globo, participando realmente da Obra e da Evolução Divina.

Até lá, oremos e vigiemos para não perdermos a sintonia com o alto, de onde nos vem o Poder, a Sabedoria, o Amor e a Força Motora de realização. Até lá, oremos para não nos deixarmos vencer pelas ciladas da vaidade, do personalismo, que cegam e desviam muitas vezes, de sua meta, os escolhidos.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 05/70)

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