Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Qual o exercício que se segue após a Concentração?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Qual o exercício que se segue após a Concentração?


Qual o Exercício que se segue após o Exercício Esotérico da Concentração?

Pergunta: Sabemos que o primeiro exercício a ser praticado tendo como finalidade a organização dos veículos internos é a Concentração. Qual o exercício que se segue após a Concentração?

Resposta: Praticando o exercício de Concentração o Aspirante à vida superior habituar-se-á a focalizar a Mente em um determinado objeto, construindo uma forma de pensamento vivente por meio de faculdade de imaginação. Aprenderá tudo a respeito do Objeto enfocado, por meio da Meditação.

Pergunta: Qual o objeto mais indicado para a prática da Meditação?

Resposta: Suponhamos que o Aspirante à vida superior tenha por intermédio da Concentração fixado sua Mente na figura de Cristo. Torna-se fácil a Meditação, relembrando os incidentes de Sua vida, Seus sofrimentos, Sua ressurreição etc., porém, a Meditação levará o Aspirante à vida superior a alcançar conhecimentos jamais imaginados, inundando sua alma, com inefável luz. Mesmo algo que não desperte muito interesse ou suscite quadros maravilhosos poderá ser objeto de Meditação. Pode-se escolher, por exemplo, uma mesa comum.

Pergunta: O que poderá alguém imaginar a respeito de uma mesa?

Resposta: Inicialmente devemos formar uma imagem clara de uma mesa. Depois pensemos na espécie de madeira de que é feita e de onde veio. Volvamos até ao tempo em que, como pequena e delicada semente, caiu na terra do bosque, desenvolvendo depois a árvore de cuja madeira a mesa foi construída. Observe-se a arvorezinha, ano após ano, coberta pelas neves do inverno ou acalentada pelo Sol estival, crescendo continuamente, enquanto as raízes constantemente penetram na terra. No princípio era um tenro broto. Depois tornou-se um arbusto, crescendo gradativamente, dirigindo sua copa ao ar e aos raios do Sol. Com o passar dos anos a fronde e o tronco tornam-se cada vez maiores. Por fim chega o lenhador e a derruba com seu machado.

Pergunta: Quais os detalhes a serem evidenciados e desenvolvidos?

Resposta: A nossa árvore encontra-se tombada e despojada de sua ramagem. Tendo sido descarregada de um caminho, foi arrastada até a margem do rio, a fim de aguardar a primavera e o consequente degelo das correntes fluviais. Então nossa árvore, juntamente com outras que se encontram à margem do rio, será transformada em uma grande balsa e a correnteza levá-la-á ao seu destino.

Pergunta: Como reconheceremos a nossa árvore?

Resposta: Conhecedores de todas as suas pequenas particularidades, reconhecê-la-emos imediatamente entre milhares de outras. Temos a observado tão clara e minuciosamente, seguimos o curso da balsa pela corrente, observamos as paisagens e familiarizamo-nos com os homens que cuidam da balsa ou jangada e dormem dentro de pequenas cabanas construída sobre a carga flutuante.

Finalmente chegamos à serraria. Uma a uma as toras são retiradas da água, e encaminhadas à grandes serras circulares.

Pergunta: Devemos apenas observar em tais circunstâncias ou também “ouvir”?

Resposta: Sim, devemos “ouvir” também o chiar da serra sobre a madeira. A imagem deve ser vivente em todos os seus detalhes.

Pergunta: Os detalhes alusivos à fabricação devem ser considerados?

Resposta: Exatamente. Observemos os dentes penetrando na madeira, dividindo-a em tábuas e pranchas. As melhores são enviadas a uma fábrica de móveis onde são cortadas e aplainadas. Pedaços de diversos tamanhos são colados para formar os tabuleiros das mesas, sendo as pernas feitas com os restos mais finos. Todo o móvel é lixado, envernizado e polido. Assim acabada em todos os seus pormenores, a mesa é enviada à loja para ser vendida.

Dessa maneira, por meio da Meditação familiarizamo-nos com os vários ramos da indústria que convertem uma árvore do bosque em uma peça de mobiliário.

Observamos todas as máquinas, os homens e as peculiaridades dos diferentes lugares visitados. Vimos também o processo da vida que fez surgir a árvore da delicada semente, e aprendemos que atrás de toda aparência, por simples que seja, há sempre uma história do mais alto interesse.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 10/68 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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